sexta-feira, 29 de junho de 2018

Bem hajas, Zé Pedro










Querido Zé Pedro
Neste dia em que a tua memória é evocada no "Rock in Rio", a ALDRABA não quer deixar de se associar a esta celebração, porque tu és, de facto, um expoente da geração dos anos 1980's e 1990's, uma expressão da insubordinação dos tempos do cavaquismo, contra o cinzentismo e a acomodação com que, embora sem sucesso, nos pretenderam sujeitar,
Em dezembro de 1978, Zé PedroKalúTim e Zé Leonel formaram os Xutos e Pontapés, dando um primeiro concerto a 13 de janeiro de 1979, com Zé Leonel na voz, Tim no Baixo, Zé Pedro na guitarra e Kalú na bateria, na sala Alunos de Apolo para a comemoração dos 25 anos do Rock & Roll.
Em 1981, entra para a banda o guitarrista Francis e sai Zé Leonel, acumulando Tim as funções de baixista e vocalista. Em 1982, editam o primeiro álbum: 1978-1982.
Em 1983, Francis sai da banda que passa a actuar com músicos convidados, entre os quais o saxofonista Gui. No mesmo ano, entra para a banda o guitarrista João Cabeleira.
O primeiro álbum gravado por João Cabeleira em 1985 foi Cerco com as músicas "Barcos gregos" e "Homem do leme" que sairiam também em single.
A explosão mediática começou em 1987, com o álbum Circo de Feras e os seus mega sucessos "Contentores", "Não sou o único" e "N'América". Continuou com o single "7º Single" e o seu estrondoso hit "A minha casinha".
O álbum 88 foi um dos pontos mais altos da carreira dos Xutos e Pontapés com os mega êxitos "À Minha Maneira", "Para Ti Maria" e "Enquanto a noite cai", entre outros, dando início a uma das maiores turnés da banda que ficou retratada no álbum "Xutos - Ao vivo".
Em 1990, o álbum Gritos mudos é mal recebido e o sucesso da banda sofre o seu primeiro revés, embora a música "Gritos mudos" seja também um grande sucesso.
Na década de 1990, o grupo entra em crise interna, com os seus elementos a iniciarem outros projetos. Tim integra os Resistência, Zé Pedro e Kalu abrem o bar Johnny Guitar e integram a banda de Jorge Palma, Palma's Gang, com Flak e Alex, ambos dos Rádio Macau.
Em 1991, editam o álbum Dizer não de Vez. Em 1992, Direito ao Deserto. Em 1998, editam o álbum Tentação, que serve de banda sonora ao filme de Joaquim Leitão, Tentação.
Em 1999, com novo fôlego, fazem a turné XX Anos Ao Vivo, onde fazem cerca de oitenta concertos. Em ano de comemoração dos vinte anos de carreira, é também editada uma compilação de homenagem, XX Anos XX Bandas, com a participação de várias das bandas e artistas. Nesse ano, gravam ainda o tema "Inferno" para o filme do mesmo nome de Joaquim Leitão.
Os membros dos Xutos & Pontapés, em 2004, foram agraciados pelo Presidente da República Jorge Sampaio com o grau de Comendador da Ordem do Mérito. Nesse mesmo ano, os Xutos deram dois concertos no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, nos dias 8 e 9 de outubro para celebrar os seus 25 anos de carreira. 
Em 2005, os Xutos & Pontapés realizaram uma turné intitulada A turné dos 3 desejos, na qual deram três séries de concertos, cada um com um alinhamento diferente. Em 2006, não só deram um concerto acústico, em celebração dos seus vinte e oito anos, como também lançaram um DVD triplo com toda a sua história desde o início (1978) até 2005 (turné 3 desejos).
Ao longo do ano de 2009, é reeditada toda a discografia da banda. São editadas em vinil e limitadas a 500 unidades, o que se torna numa peça de colecionador.
Já em setembro desse ano, os Xutos & Pontapés atuam perante 40 mil espectadores num estádio do Restelo quase cheio para ver o derradeiro concerto de comemoração dos trinta anos de carreira da banda. Os Pontos Negros e Tara Perdida asseguraram as primeiras partes e nomes como CamanéPacmanManuel Paulo e Pedro Gonçalves foram os convidados da noite.
Depois de terem completado 30 anos, os Xutos têm mais uma prenda dos fãs, em setembro de 2009, são nomeados para os EMAs na categoria de "Best Portuguese Act", ganhando o prémio em novembro do mesmo ano.
Em 2012, sai o disco "O Cerco Continua" com músicas do disco "Cerco" mas noutra versão. Em 2014 é lançado o disco "Puro", que comemora os 35 anos da banda.
A 30 de novembro de 2017, morre o guitarrista e fundador Zé Pedro aos 61 anos, vítima de doença hepática.
JAF

domingo, 17 de junho de 2018

"Tradição e sabedoria": O primeiro milho é dos pardais














“Tradição e sabedoria” : O primeiro milho é dos pardais

Significado: Os mais fracos aproveitam as primeiras vantagens. Não sendo necessariamente as melhores.

Origem: No tempo dos Romanos, era costume os agricultores oferecerem os primeiros frutos das suas colheitas às aves. Pensava-se que eram as aves que levavam as oferendas aos Deuses.


Cafés Chave d’Ouro

segunda-feira, 11 de junho de 2018

Como foi o lançamento do nº23 da revista






























Falar do mês de Junho é também falar de festas, arraiais e outras manifestações culturais que fizeram e fazem parte do nosso património popular - esse património que tanto valorizamos e que esta Associação fez ponto de honra em inscrever na sua denominação.

Junho trouxe-nos o espaço e o contexto para o lançamento do nº 23 da nossa revista. A Junta de Freguesia das Avenidas Novas e a sua presidente Ana Gaspar acolheram-nos no passado dia 4 numa das magníficas salas do palacete onde aquela autarquia está instalada, para assistirmos à primorosa apresentação proporcionada pelo Professor Pedro Prista. Da sua análise resultou a garantia que continuamos a cumprir com a função e os objectivos da nossa publicação.

Identificando a revista como um trabalho interventivo de grande importância cívica e profundidade científica, encontrou três adjectivos para o classificar – é um trabalho sério, útil e rico. Muito nos honram estas palavras!

O trabalho sobre o património é, no seu entender, um trabalho em terreno resvaladiço, porque não se consegue estabilizar a figuração do que se designa património contribuindo, para isso, a eterna dialéctica entre o material e o imaterial.

Entendendo o carácter do conteúdo da revista Aldraba como comprometido com a etnografia, referiu que o ponto nuclear na defesa do património é a transmissão e que, inevitavelmente, ela depende da humanidade - da capacidade das pessoas viverem, transmitirem e partilharem umas com as outras. O nosso legado são essas experiências sentidas, essas vivências e memórias experimentadas que temos a obrigação, também nós, de partilhar.

Folhear este número da revista Aldraba é, no seu entender, percorrer a etnografia do nosso país, tantos são os conteúdos e os locais abordados. Demorando-se um pouco sobre os artigos que a constituem, valorizou cada um, ressalvando a importância dos temas e a relevância de cada contributo, sem deixar de salientar o artigo de Paula Lucas da Silva muito pela riqueza da escrita, mas mais ainda pela perspectiva revelada sobre a memória – a sua perda – um percurso inverso do que tanto valorizamos e queremos partilhar.

Sobre a simbologia da aldraba que dá nome à nossa Associação, encontrou interessantes interpretações e analogias - a dialéctica do dentro e do fora, do entrar e do sair, de ser um objecto que traduz a ideia de hospitalidade, o pedido de alguém para ser atendido e, acima de tudo, um símbolo que encerra em si uma solicitação de transposição, de passagem e, em última análise, um sinónimo de transmissão.

Agradecemos a todos os que quiseram connosco assistir a este momento de excelência que, à sua maneira, foi também um momento de festa. Obrigado ao Professor Pedro Prista pela generosidade da sua presença e pelas suas calorosas palavras.

Ana Isabel Veiga (fotos LFM)

domingo, 3 de junho de 2018

XXXVI Encontro da Aldraba: "Música antiga na região caramela" - Palmela, 9.6.2018















A Aldraba vai realizar no próximo sábado, dia 9 de junho de 2018, o seu XXXVI Encontro temático, desta vez no concelho de Palmela, margem sul do Tejo.
Teremos como ponto forte, na parte da manhã, a visita ao Museu da Música Mecânica, na Quinta do Rei, em Arraiados, nos arredores de Palmela. O Museu tem como missão o estudo, preservação, valorização, divulgação e fruição de uma coleção particular, com mais de 600 instrumentos de música mecânica, representativos desse tipo de música dos sécs. XVIII, XIX e XX (1ª metade). Seremos recebidos e acompanhados pelo responsável da instituição, Dr. Luís Cangueiro.
O ponto de concentração será à entrada do Museu, pelas 11 horas.
O acesso ao Museu, para quem venha de automóvel pela A2, faz-se pela portagem de Palmela, seguindo depois até 1500 m mais à frente, onde se deve tomar à direita a estrada em direção a Venda do Alcaide, e seguir a sinalética que identifica o Museu.
À saída do Museu, ainda em Arraiados, todos os interessados terão oportunidade de adquirir o apreciado pão da Lagoinha.
Deslocando-nos depois para o centro de Palmela, teremos aí, pelas 13 horas, no Restaurante Retiro Azul, um apetitoso almoço de confraternização, em regime de buffet, pelo preço único de 12,5€ por pessoa.
Da parte da tarde, iremos até à zona dos tradicionais moinhos de vento, com vista privilegiada para o Castelo e a Pousada de Palmela, que visitaremos em seguida.
Finalmente, teremos o habitual momento com o movimento associativo local, no Cineteatro de Palmela.
Prevê-se o final do Encontro pelas 18 horas.
Os associados e amigos interessados em participar devem manifestá-lo, até 6ª feira, 8 de junho próximo, através do e-mail da Aldraba (aldraba@gmail.com) ou por telefone junto do Nuno Silveira (TM: 96 291 60 05) ou da MªEugénia Gomes (TM: 96 444 52 70).

JAF