quarta-feira, 30 de setembro de 2020

O acervo documental da Aldraba (19) - Madeira

 

Continua a publicitação dos textos que constam do nosso acervo documental, por temas.

Divulgamos desta vez os trabalhos que saíram na revista "Aldraba" relativos ao descritor MADEIRA, integrado no grupo temático “Regiões portuguesas e lusófonas”:


MADEIRA

Graça Alves, “De alguns ofícios do mar: O bombote e a mergulhança”, nº 26 (Out.2019), p.19

Graça Alves, “Entre a vida e a história”, nº 27 (Abr.2020), p.10

Sónia Frade, “Um olhar sobre o legado do açúcar na Madeira”, nº 4 (Dez.2007), p.14

Sónia Marques, “Os remates dos telhados madeirenses”, nº 19 (Abr.2016), p.2


Os amigos que pretendam aceder a alguns destes textos e que se manifestem por mensagem enviada para aldraba@gmail.com receberão uma cópia digitalizada dos artigos que indicarem.

JAF

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Os primórdios da indústria dos lanifícios em Portugal


Gerente e operários junto à fábrica de Pêro Mouro, durante a fase de construção da unidade, em Taliscas, Covilhã, finais do século XIX.

Como se vê na imagem, naquela época, uma boa parte da força laboral era constituída por crianças e jovens.


Hélder Carvalho Martins, in "Memória de Portugal - dois séculos de fotografia", Atlântico Press, Lisboa, 2020

quinta-feira, 3 de setembro de 2020

Trás-os-Montes, de ontem, de hoje e de sempre





Trás-os-Montes é uma região do nosso país que se caracteriza pela dureza da sua orografia, a qual em muito tem contribuído para a resistência e rijeza das suas gentes, desde os tempos mais remotos da nacionalidade. 

Um relato muito belo sobre essas terras no século XIV, da parte do historiador António Borges Coelho, dá-nos uma imagem muito impressiva do contexto natural da região, em termos que poderiam ser escritos nos séculos posteriores e até na atualidade:


A terra esfiapa-se entre rochedos, avolumando aqui e além em vale macio e úbere, e as rochas, solitárias ou em grandes massas, erguem-se no silêncio, enquanto o castanheiro solene e altivo, de tronco cavado e velho, se recusa a morrer e oferece a ternura das castanhas nos ouriços agressivos.

Isolam Trás-os-Montes as muralhas do Gerez, da Cabreira, do Marão, a Oeste; Larouco, Padrela, Coroa e Montesinho vigiam os montes de Castela, embora os dois povos apertem as mãos como em Rio de Onor; e o Douro é um fosso de fortaleza medieval. Escorre, espuma, salta a Sul e a Leste, ameaça com a força das correntes e o barro das águas, para logo se apaziguar em ilhotas de terra e brincar com milhóes de pedras polidas que amontoa no seu leito.

António Borges Coelho, "A Revolução de 1383", Portugália Editora, Lisboa, 1965, p.32