Outra das peças - além da cabeça de São Fabião - que também muito agrada aos visitantes do Tesouro da Basílica de Castro Verde, é Santa Bárbara, imagem de madeira policromada e datada de cerca de 1510, tendo sido executada na oficina de Malines, uma das mais conhecidas oficinas de arte flamenga.
De pé sobre uma plataforma simples, típico das esculturas de Malines, Santa Bárbara tem à esquerda um dos seus símbolos mais conhecidos, a torre acastelada, quase com a mesma altura da figura. Como de costume, tem manto e túnica, que permanecem com as cores originais.
Uma expressão que muito utilizamos hoje em dia é “Só se lembram de Santa Bárbara quando faz trovões”… Realmente Santa Bárbara é referida como a protectora contra os trovões. A protecção dos santos está em tudo relacionada com o martírio sofrido pelos mesmos.
De acordo com as variantes da lenda de Santa Bárbara, situam a sua vida nos séculos III ou IV, ora em Nicomédia, na Bitínia (Ásia Menor), ora em Antioquia ora em Heliópolis (da Síria ou do Egipto). Muitas são as versões existentes deste martírio de Santa Bárbara, de uma ou de outra forma todas elas no final relatam a sua extraordinária beleza e a morte pela espada do seu próprio pai.
O pai de Santa Barbara era pagão. Com ciúmes de todos os pretendentes que apareciam para sua filha, e notando algumas tendências nela para o cristianismo, decide fechá-la numa torre, tendo saído em viagem. Santa Bárbara, ao longo do tempo, foi tendo contacto com alguns documentos cristãos e com a oração acaba por aprofundar mais a sua fé. Tendo a torre duas janelas, ela manda abrir a terceira referente á santíssima trindade e acaba mesmo por ser baptizada. Claro que seu pai, quando regressa e descobre o que se tinha passado, fica furioso e obriga-a a casar com um pagão. Ela não aceita a decisão do pai e diz que a sua vida fora entregue a Jesus Cristo.
Nessa altura, o pai ordena que retirem a sua filha da torre, sendo torturada e queimada, contando a lenda que o fogo nada fez ao corpo de Santa Bárbara. Em seguida, ela foge e refugia-se numas minas onde os trabalhadores a tentaram esconder, mas acaba denunciada por um pastor e o pai vai buscá-la e encerra-a na torre, onde a obriga a renunciar ao cristianismo, e ela volta a dizer que não. Então Dióscoro, seu pai, puxou da espada e decapitou a própria filha na torre. Quando vai a sair da torre, o céu escureceu em seu redor e um raio caiu-lhe no peito, fulminando-o.
Através desta lenda, torna-se a protectora dos mineiros, que foi quem lhe deu a protecção quando ela fugiu, e de qualquer profissão relacionada com o fogo ou com o risco de morte violenta e súbita, incluindo artilheiros, pirotécnicos, bombeiros, armeiros, engenheiros militares e electricistas. Santa Bárbara é também padroeira das prisões, desde os prisioneiros aos guardas prisionais. Como a torre é um dos seus símbolos, acaba por ser padroeira também dos arquitectos, engenheiros, pedreiros, construtores e carpinteiros.
De pé sobre uma plataforma simples, típico das esculturas de Malines, Santa Bárbara tem à esquerda um dos seus símbolos mais conhecidos, a torre acastelada, quase com a mesma altura da figura. Como de costume, tem manto e túnica, que permanecem com as cores originais.
Uma expressão que muito utilizamos hoje em dia é “Só se lembram de Santa Bárbara quando faz trovões”… Realmente Santa Bárbara é referida como a protectora contra os trovões. A protecção dos santos está em tudo relacionada com o martírio sofrido pelos mesmos.
De acordo com as variantes da lenda de Santa Bárbara, situam a sua vida nos séculos III ou IV, ora em Nicomédia, na Bitínia (Ásia Menor), ora em Antioquia ora em Heliópolis (da Síria ou do Egipto). Muitas são as versões existentes deste martírio de Santa Bárbara, de uma ou de outra forma todas elas no final relatam a sua extraordinária beleza e a morte pela espada do seu próprio pai.
O pai de Santa Barbara era pagão. Com ciúmes de todos os pretendentes que apareciam para sua filha, e notando algumas tendências nela para o cristianismo, decide fechá-la numa torre, tendo saído em viagem. Santa Bárbara, ao longo do tempo, foi tendo contacto com alguns documentos cristãos e com a oração acaba por aprofundar mais a sua fé. Tendo a torre duas janelas, ela manda abrir a terceira referente á santíssima trindade e acaba mesmo por ser baptizada. Claro que seu pai, quando regressa e descobre o que se tinha passado, fica furioso e obriga-a a casar com um pagão. Ela não aceita a decisão do pai e diz que a sua vida fora entregue a Jesus Cristo.
Nessa altura, o pai ordena que retirem a sua filha da torre, sendo torturada e queimada, contando a lenda que o fogo nada fez ao corpo de Santa Bárbara. Em seguida, ela foge e refugia-se numas minas onde os trabalhadores a tentaram esconder, mas acaba denunciada por um pastor e o pai vai buscá-la e encerra-a na torre, onde a obriga a renunciar ao cristianismo, e ela volta a dizer que não. Então Dióscoro, seu pai, puxou da espada e decapitou a própria filha na torre. Quando vai a sair da torre, o céu escureceu em seu redor e um raio caiu-lhe no peito, fulminando-o.
Através desta lenda, torna-se a protectora dos mineiros, que foi quem lhe deu a protecção quando ela fugiu, e de qualquer profissão relacionada com o fogo ou com o risco de morte violenta e súbita, incluindo artilheiros, pirotécnicos, bombeiros, armeiros, engenheiros militares e electricistas. Santa Bárbara é também padroeira das prisões, desde os prisioneiros aos guardas prisionais. Como a torre é um dos seus símbolos, acaba por ser padroeira também dos arquitectos, engenheiros, pedreiros, construtores e carpinteiros.
Ricardo Colaço
(Segundo extracto de um artigo publicado no nº 10 do boletim “Aldraba”).
(Segundo extracto de um artigo publicado no nº 10 do boletim “Aldraba”).