domingo, 28 de maio de 2023
segunda-feira, 22 de maio de 2023
Em tempos de incerteza
Editorial do n.º 33 da revista ALDRABA:
Pandemia, guerra, alterações
climáticas, inflação… Situações de crise em Portugal, na Europa e no mundo que
se têm sucedido e que têm feito crescer o mal-estar, a angústia e mesmo o
sofrimento dos nossos concidadãos nos dias que correm.
Simultaneamente com o agravamento das
condições de vida, assistimos também ao florescer da descrença, da perda de
referências coletivas e, até, da simpatia por opções de desespero e desnorte.
Cabe-nos a todos nós reagir pela
positiva, procurando valorizar e desenvolver as demonstrações da cultura e
sabedoria popular, que reforcem a identidade das nossas comunidades e a sua
autoestima, que ajudem as populações a unir-se e a estimular a criatividade na
busca de soluções para os seus problemas.
É esse o caminho que,
persistentemente, a ALDRABA tem tentado percorrer desde a sua criação e que pretendemos prosseguir agora com o estatuto de
“maioridade” – completámos em 25 de abril de 2023 a bonita soma de 18 anos
sobre a fundação da Associação, na Assembleia Geral constituinte que reuniu no
Ateneu Comercial de Lisboa!
No presente número da nossa revista,
damos voz a trabalhos de cariz histórico sobre temas menos conhecidos do
passado comunitário português, tal como se descreve uma experiência inovadora
de associativismo em defesa do património natural e humano da serra da Estrela.
Não faltam igualmente nesta revista os
testemunhos vividos de quem preza a sua terra e o seu património, valorizando
as riquezas locais e as memórias de quem aí habita ou aí nasceu. De referir
ainda experiências na emigração e em ofícios tradicionais.
A poesia continua a ter uma expressão
significativa nas nossas páginas, seja na evocação de autores cujas efemérides
se assinalam, seja na divulgação de poetas populares portugueses, seja na
publicação ou recensão de trabalhos poéticos de amigos e associados da Aldraba.
Em fevereiro do corrente ano, a nossa
Associação procedeu à eleição dos órgãos sociais para o biénio de 2023/2024,
tendo sido incluídos três novos elementos que, certamente, saberão dar
continuidade ao esforço e à dedicação dos que os antecederam.
José Alberto Franco
Publicado o n.º 33 da revista ALDRABA
Saiu da gráfica e iniciou-se a distribuição aos associados do novo número da nossa revista, do qual teremos em breve uma sessão pública de apresentação.
Sumário do número 33:
EDITORIAL
Em tempos de incerteza
José Alberto Franco
OPINIÃO
Couto Misto, uma república entre dois reinos
Luís Filipe Maçarico
O etnógrafo elvense
António Thomaz Pires
J. Fernando Reis de
Oliveira
LUGARES DO PATRIMÓNIO
Onde está o Sul do Tejo?
Myriam Jubilot de
Carvalho
ASSOCIATIVISMO E PATRIMÓNIO
Guardiões da Serra da Estrela
Manuel Franco
RITUAIS, TRADIÇÕES E REALIDADE
A Fonte dos Milagres
Sofia
de Azevedo Teixeira
ARTES E OFÍCIOS
O sapateiro de Almada Negreiros
Carlos Fernandes Maria
SONS COM MEMÓRIA
“Tourada” 50 anos – A
canção saiu à rua
Maria Odete Roque
OS AMIGOS E A MEMÓRIA
O obituário que nunca estamos preparados para
escrever
Pedro Gomes Martins
Jaime da Manta Branca – um poeta analfabeto
Manuel Xarepe
DESABAFOS
Emigrar não é fácil
Ana
Gonçalves
VULTOS A ADMIRAR
Eugénio de Andrade – um poeta de sempre
João Coelho
ALDRABA EM MOVIMENTO
Novembro de 2022 a Abril de 2023
José Alberto Franco
Cartographya
Núcleo Editorial
“António dos olhos tristes” e "Um girassol chamado Beatriz”
Luís Filipe Maçarico
Amoras Silvestres - Valdanta – Chaves
Rodrigo Dias
O mar é a minha casa
Myriam Jubilot de Carvalho
terça-feira, 16 de maio de 2023
XLI Encontro da ALDRABA - "A Real Fábrica do Gelo e a Serra de Montejunto", Cadaval, sáb. 3 junho 2023
O nosso quadragésimo primeiro Encontro temático esteve para se realizar em julho de 2022, mas teve de ser adiado dois dias antes, pela emergência florestal verificada, que impediu quaisquer atividades públicas na Serra, como medida de prevenção contra os incêndios.
A ALDRABA deixou para agora a concretização desta atividade, e vai proporcionar-nos, assim se espera, o conhecimento direto de "uma construção única, um prazer intemporal"...
É assim caracterizada a Real Fábrica do Gelo, ou Fábrica de Neve da Serra de Montejunto, situada na parte cimeira da serra, no concelho do Cadaval.
Esperam por nós os competentes guias do Centro Interpretativo Ambiental, para uma visita de uma hora a esta edificação singular, que data de 1741 e que funcionou até 1885, produzindo gelo natural, armazenado durante o inverno e transportado no verão (em carroças até ao Carregado e depois em barcaças pelo Tejo) para Lisboa, destinado aos sorvetes na casa real e em alguns cafés da Baixa - como o centenário Martinho da Arcada...
O encontro vai ter o seu início às 10h00, no Centro Interpretativo, que fica no cimo da Serra, aonde se acede por estrada alcatroada muito bem sinalizada, a cerca de 60 km de distância de Lisboa. Acessos rodoviários sugeridos: pela autoestrada A1, até ao Carregado, ou até Aveiras de Cima, passando-se depois por Alenquer ou pelo Cadaval, respetivamente.
Durante a manhã, teremos uma breve palestra no Auditório do Centro e a visita propriamente dita à Fábrica do Gelo. De seguida, visitaremos o Santuário de N. Srª das Neves (local de uma importante romaria anual) e as ruínas do Convento dominicano do séc. XIII, acompanhados pelo respetivo zelador.
Findo esse período da manhã, desceremos até à localidade de Pragança, onde seremos recebidos pela nossa amiga Raquel Marques, presidente da Sociedade Filarmónica 1º Dezembro, fundada em 1882, que se mantém em pleno funcionamento, e que nos dará a conhecer as suas atuais atividades.
É na Sociedade Filarmónica de Pragança que teremos o nosso almoço, preparado e servido pelos ativistas dessa coletividade, e que constará de uma ementa integrada, ao preço único de 15 euros, incluindo entradas, sopa de legumes, prato principal (carne à portuguesa ou chanfana), bebidas (águas, sumos ou vinhos), sobremesa (pudim ou salada de frutas) e café.
Pelas 16h00, teremos uma interação com o CRASM - Centro de Recuperação de Animais Selvagens de Montejunto, na aldeia da Tojeira. Recebidos pela nossa amiga Filomena Barros, que nos apresentará em detalhe o trabalho que ali desenvolvem de proteção do património natural, o que incluirá, provavelmente, a libertação ao vivo de uma ave selvagem já recuperada pela instituição.
Para finalizar, pelas 17h30, teremos na aldeia do Vilar a visita a um moinho tradicional da Serra, devidamente mantido pelo seu proprietário Miguel Luís.
Estima-se o final do encontro para cerca das 18h30.
Todos os que desejarem participar deverão transmiti-lo, telefonicamente ou por mail, para o Nuno Silveira (TM 962916005, nunoroquesilveira@gmail.com), para a Ana Isabel Veiga (TM 932260334, anaisa1640@gmail.com) ou para a própria Aldraba (aldraba@gmail.com), o mais tardar até 4ª feira, 31 de maio.
JAF