quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

O acervo documental da ALDRABA (14): Minho, Trás-os-Montes, Beiras e Ribatejo














Após um largo interregno, retomamos a divulgação das referências aos textos que integram o nosso acervo documental.
Abordamos desta vez os descritores MINHO, TRÁS-OS-MONTES, BEIRA ALTA, BEIRA BAIXA, BEIRA LITORAL e RIBATEJO, do grupo temático “Regiões portuguesas e lusófonas”.

Reproduzem-se em seguida as indicações dos trabalhos, relativos a estas regiões, publicados até ao presente na revista “ALDRABA”:

Minho

Carolina Figueiras, “Uma alma de Viana no Rio de Janeiro”, nº 17 (Abr.2015), p.7

Fernando Cerqueira Barros, “Sistelo: entre o vale e a montanha”, nº 18 (Out.2015), p.2

Maria João Marques, “Uma arte da cultura popular portuguesa: a filigrana”, nº 18 (Out.2015), p.24

Trás-os-Montes

Maria Hercília Agarez, “Amadeu Ferreira, um cibo de Trás-os-Montes”, nº 17 (Abr.2015), p.22

Beira Alta

Adriano Pacheco, “O burel”, nº 16 (Out.2014), p.21

Jaime Gralheiro, “Teatro popular nas Beiras”, nº 15 (Abr.2014), p.21

Beira Baixa

Ana Carina Dias, “Ao encontro do adufe”, nº 8 (Dez.2009), p.13

Eddy Chambino, “António Martins “Cacarne”: O pastor-artista de Idanha-a-Nova”, nº 14 (Out.2013), p.4

Paula Lucas da Silva, “Alpedrinha, terra mãe”, nº 6 (Dez.2008), verso da contracapa

Beira Litoral

Adriano Pacheco, “No caminho dos petrónios”, nº 9 (Out.2010), p.8

Ribatejo

José do Carmo Francisco, “A cultura dos avieiros candidata a património nacional”, nº 8 (Dez.2009), p.16

Luísa Cabrita e José Manuel Prista, “Convento das Virtudes”, nº 5 (Jul.2008), p.12

Maria do Céu Ramos e Luís Ferreira, “Festa dos Tabuleiros em Tomar”, nº 18 (Out.2015), p.19


Como anteriormente, os leitores e amigos que pretendam aceder a estes textos, e que se manifestem em comentário ao presente post, ou por e-mail para aldraba@gmail.com, receberão uma cópia digitalizada do ou dos artigos que assinalarem.

JAF

sábado, 19 de dezembro de 2015

Imagens do jantar-tertúlia na Casa de Arronches




A Aldraba realizou o seu jantar-tertúlia de Dezembro de 2015, quinta feira dia 17, na Casa de Arronches, em Lisboa. 
As duas dezenas de associados apreciaram uma boa gastronomia, saborosa e genuína, em ambiente acolhedor, onde os dirigentes da Casa de Arronches nos contaram a história da casa regional, desde a sua fundação, em 1953, com primeira sede nos Anjos. 
Gratos a João Luís Feiteira e à equipa que coordena, numa sintonia visível de dedicação à terra amada, que os anima nesta "riqueza que é estarem juntos, com Arronches no coração." 
Parabéns e boa continuação, pois aquilo que semearam é digno de ser visitado, fruído e divulgado.
LFM (texto e fotos)

sábado, 12 de dezembro de 2015

19º Jantar-tertúlia, Casa do Concelho de Arronches, 5ª feira dia 17 de Dezembro.


















Como já vem sendo hábito todos os anos, faremos um jantar-tertúlia que será em simultâneo o jantar de Natal e Fim de Ano da “família” Aldraba.

Desta vez juntamo-nos na Casa do Concelho de Arronches, sita na Avenida Rainha D. Leonor nº 1, r/c Dtº (transversal da Alameda das Linhas de Torres, ao Lumiar), em Lisboa, no dia 17 de Dezembro, 5ª feira, pelas 19h30m.

Da ementa, ao preço único de 15€, constam entradas variadas, sopa de tomate c/ovo, migas de batata com presinhas do alguidar, empada de aves, fruta, gelado e doces, café e digestivos, águas , sumos , vinho e sangria .

Seremos acompanhados pelo amigo João Luís Feiteira, Presidente da Direcção da Casa de Arronches e outros membros da mesma, que nos apresentarão a colectividade e o trabalho que desenvolvem.

Aguardamos que nos comuniquem as vossas inscrições até ao próximo dia 15 de Dezembro para Mª Céu Ramos (ceuazevedo@hotmail.com), para Ana Isabel Carvalho (anaisa1640@gmail.com) ou para o email da Aldraba (aldraba@gmail.com).

A Direcção




sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Como foi o lançamento do nº 18 da nossa revista












No fim da tarde da quarta~feira, dia 9, o Grupo Dramático e Escolar "Os Combatentes" recebeu a Professora Doutora Fátima Sá, que apresentou a revista número 18 da Aldraba. 

O presidente da colectividade, Carlos Oliveira, saudou a Associação do Espaço e Património Popular e a assistência, de forma calorosa, e o Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Aldraba, João Coelho, fez uma intervenção breve, introduzindo a convidada.
A abordagem da Profª Fátima Sá incidiu sobre os diversos equívocos entre popular e rural, entre central e local, entre cultura popular e tradição, que a revista 18 da Aldraba não comete, em qualquer dos artigos. 
"O primeiro equívoco possível é a abrangência do adjectivo popular e do substantivo povo. Neste número não se cai nesse equívoco. A revista aborda temáticas do mundo rural e urbano. Inicia-se com um artigo sobre a prática antiga do pastoreio do Alto Minho, seguido de um ensaio sobre a Rua dos Sapateiros, em Lisboa. As duas coisas conjugam-se. A revista contorna os equívocos de maneira muito clara." 
Citando a obra "A Invenção da Tradição", lembrou que as tradições são muito recentes e quantas vezes reinventadas.
"Nem exclusivamente tradicional, local, rural - a cultura popular faz parte do nosso património comum." 
Elogiando o percurso da Aldraba, a Professora Fátima Sá destacou o facto do Associativismo ser "uma parte importantíssima da cultura popular, da modernidade, entendendo-se esta a partir do período, que se inaugura com a revolução liberal, através da qual vão florescer associações de cultura popular e cidadania, que são a ossatura do património civil".
LFM (texto e fotos)

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

10 anos, 30 encontros temáticos













É esta a contracapa do nº 18 da revista "ALDRABA", que amanhã, 9.12.2015, pelas 18h30, tem o seu lançamento n' "Os Combatentes", em Lisboa:

Ao longo dos dez anos de existência da Associação ALDRABA, tentámos dar corpo ao nosso objetivo estatutário de sermos “um ponto de encontro e de comunicação para a preservação e divulgação do património popular nos espaços onde ele se encontra, através da pesquisa, recolha e tratamento das memórias dos sítios, das pessoas, dos grupos e das coletividades”, através da “abordagem integrada de objetos, práticas, factos e vivências”.


Para isso, deambulámos pelo país, interagindo com coletividades locais, associações populares e autarquias, e promovendo encontros centrados em temas patrimoniais das realidades dessas populações.

Desde o arranque da Aldraba até ao corrente ano de 2015, realizámos 30 encontros temáticos. Para tal, deslocámo-nos a 28 concelhos do país, havendo alguns em que foram feitos mais do que um encontro, embora em localidades distintas.

Aqui fica o registo desses municípios, situados em 9 distritos do continente português:

Alcoutim
Aljezur
Aljustrel
Almada
Alter do Chão
Amadora
Arruda dos Vinhos
Azambuja
Barreiro
Castro Verde
Coruche
Fundão
Lisboa
Loulé
Lourinhã
Mafra
Mértola
Montemor-o-Novo
Moura
Mourão
Odivelas
Oeiras
Pedrógão Grande
Serpa
Setúbal
Torres Vedras
Viana do Alentejo
Vila Franca de Xira

Fica também a nossa expressão de vontade de continuar a fazer pontes com as populações destes concelhos e do resto do país…

JAF

sábado, 5 de dezembro de 2015

Lançamento do nº 18 da "ALDRABA" no próximo dia 9.12.2015, 4ªf, às 18.30h

O nº 18 da revista "Aldraba", já editado e presentemente a ser distribuído pelos associados, terá uma sessão pública de lançamento na próxima 4ª feira, 9 de dezembro, às 18.30h, no salão da coletividade popular "Os Combatentes", sita na Rua do Possolo, 5 a 9, em Lisboa (junto a Campo de Ourique).
Teremos a honra de contar, para a apresentação da revista, com a historiadora Profª Fátima Sá, docente do ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa, onde leciona História e Humanidades, e que é doutorada em história social pela Sorbonne. É ainda diretora da revista "Ler História".

Convidamos a comparecerem todos os muitos amigos da nossa Associação, e aqueles que seguem com interesse as atividades que desenvolvemos. E que tragam outros amigos também...

Como aperitivo, aqui fica o sumário do nº 18 da revista:


EDITORIAL
Conhecer, para quê?
Luís Ferreira

LUGARES DO PATRIMÓNIO
Sistelo: entre o vale e a montanha
Fernando Cerqueira Barros
Rua dos Sapateiros em Lisboa
Nuno Roque da Silveira

ASSOCIATIVISMO E PATRIMÓNIO
Congresso Nacional das Coletividades, Associações e Clubes
Albano Ginja

RITUAIS, TRADIÇÃO E REALIDADE
“Jordões”: uma tradição singular
Luís Filipe Maçarico
Festa dos Tabuleiros em Tomar
Maria do Céu Ramos e Luís Ferreira
Santas Cruzes: memória e crença em Vila Nova de S. Bento
Ana Isabel Carvalho

ARTES E OFÍCIOS
Uma arte da cultura popular portuguesa: a filigrana
Maria João Marques

SONS COM HISTÓRIA
Fomos a Alcáçovas - concerto de estreia do chocalhofone em 21.6.2015
Maria do Céu Ramos

CRÍTICA DE LIVROS
"Sr. Doutor, dói-me tudo"
João Coelho

ALDRABA EM MOVIMENTO
Abril a outubro de 2015
Maria Eugénia Gomes

POEMA
Do cimo da minha rua
Flávio Gil

CONTRACAPA
10 anos, 30 encontros temáticos    


A Direção da Aldraba

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Concerto de chocalhofone em Alcáçovas










Condensação de artigo incluído no nº 18 da revista "ALDRABA", a ser lançado dentro de poucos dias:

Alcacevas, Alcassovas ou Alcáçovas. A sua origem perde-se no tempo, mas sabe-se que, no tempo dos romanos, foi famosa cidade de nome Castraleucos, que significa Castelos Brancos, a qual os mouros tomaram e mudaram-lhe o nome para Alcáçovas.

Não é de estranhar, segundo a tradição, terá existido um castelo para o lado norte que dominava uma vasta distância ao norte e nascente, que segundo refere o padre Joaquim Pedro de Alcântara “existiam por lá vestígios de antigas edificações”.

Em 1259, D. Martinho I, Bispo de Évora, e o seu cabido, dão foral à limitada aldeia de Alcáçovas, cuja jurisdição lhes pertenceria. D. Afonso III, senhor das Alcáçovas, elevou-a à categoria de Vila, melhorando-a e acrescentando-a consideravelmente.

D. Dinis dispensou à vila as maiores regalias e privilégios, ordenou que nunca mais saísse da coroa nem se desse a pessoa alguma. Terá transformado em paço real o antigo castelo. Passava largas temporadas naquela vila e dizia que ali tinha juntas, num só lugar, a sua Sintra e Almeirim, porque, sendo Sintra deliciosa no verão e fria no Inverno, Almeirim amena no Inverno e insuportável no verão, Alcáçovas era agradável nas duas estações.

D. Dinis ainda mandou arrancar pedra para cercar a vila, que não se efectuou por via de sua morte.

É em Alcáçovas que, em 1479, se assina o tratado de Alcáçovas/Toledo que deu um fim à guerra de sucessão de Castela.

Dito isto, a nossa ida a Alcáçovas prende-se com o facto de, no âmbito da candidatura da Arte Chocalheira a Património Cultural Imaterial com Necessidade de Salvaguarda Urgente, assistirmos ao Concerto de Estreia do Chocalhofone Alentejano, em 21 de Junho de 2015.

Este instrumento é concebido com a utilização de chocalhos, escolhidos nos seus diversos tamanhos, que produzem naturalmente sons completamente diferentes uns de outros e com os quais é possível transmitir música erudita.

O chocalho tem sido utilizado na música erudita há bastante tempo, mas sempre como instrumento não afinado e sempre individualmente.

Segundo o maestro e compositor Christopher Bochmann, a ideia não é nova, dado que já haviam sido construídos instrumentos deste tipo. Eram essencialmente feitos de chocalhos alpinos e terão sido utilizados por um compositor francês, nalgumas peças musicais.

Este ano, e dada a candidatura do chocalho a património, pensou-se construir um instrumento com os chocalhos artesanais das Alcáçovas, fazer a ligação entre o som do campo e a natureza, por um lado e o som da sala de concerto e o raciocino humano (palavras do maestro), que acrescenta:

“A peça Pastorale que escrevi para a estreia do instrumento pretende reflectir precisamente a ligação entre estes dois mundos sonoros”.

Estas as palavras do Maestro que tão bem nos soube explicar, cativar e ensinar que para além do título sugestivo a música faz ainda referência a outras obras de Beethoven e Arthur Honegger.

Dizer que na Igreja Matriz de Alcáçovas se ouviu música de Elgar, Bruckner, Meyerbeer, Brahms e Bochmann, excelentemente interpretada pela Orquestra Sinfónica Juvenil, sendo o Chocalhofone tocado pelo jovem Rui Pinto, sob a direcção de Christopher Bochmann. Fechou com a Marcha de Pompa e Circunstância, op. 39, nº1, que deliciou o público que enchia completamente a Igreja.

Além de ouvir muito boa música excelentemente interpretada, ver de perto o novo instrumento tendo como origem os chocalhos de Alcáçovas, foi um momento mágico.

Maria do Céu Ramos

domingo, 15 de novembro de 2015

Povo que canta não morrerá!
















































































Realizou-se ontem, tal com estava previsto, o XXX Encontro da Aldraba: “O cante e a memória rural, vozes e olhares cruzados”, em Serpa e Pias.

Em Serpa, na Casa do Cante, decorreu a primeira parte do encontro. O José Alberto Franco referiu o 10º aniversário da Associação e o percurso que aqui nos fez chegar, desde as expectativas do começo até às muitas realizações conseguidas até agora. O Paulo Lima falou-nos das candidaturas  para a obtenção do reconhecimento do Património Imaterial da Humanidade da UNESCO a que esteve e está ligado, das contingências da globalização em áreas tão sensíveis como são as do património imaterial e para a necessidade imperiosa da sua salvaguarda.

O painel que tratou do cante foi diverso e com riquíssimas intervenções. O Paulo Nascimento (Vereador da Cultura da C.M. de Castro Verde) deixou-nos o testemunho do empenho e do forte apoio e estímulo que a Câmara tem vindo a dar aos grupos existentes no concelho e, sobretudo, na sua introdução como disciplina curricular nas suas escolas. Do António Lebre (Camponeses de Pias) retivemos a sua grande experiência de uma vida como cantador e como ensaiador, enquanto que os jovens Filipe Pratas (Ganhões de Castro Verde) e Hilário Serra (Mainantes de Pias) nos trouxeram o futuro e a certeza que pela sua mão se vai continuar a tradição.

Difícil, muito difícil mesmo, foi a moderação a cargo do Luís Maçarico e da Ana Isabel Carvalho pois foi escasso o tempo para tantos e tão interessantes testemunhos e questões trazidas para a discussão.

 

Em Pias, sentimo-nos em casa, tal a afectuosidade dos amigos que nos receberam no Núcleo Museológico. Aí tivemos flores e cante, numa surpresa que nos emocionou, e os mestres Romão Mariano, António e Domingos Borralho que nos falaram das suas antigas ocupações como ferreiro e poeta popular, adegueiro e alfaiate, respectivamente.

Mais uma vez a Madalena Borralho se desdobrou em atenções e, com o seu grande entusiasmo e generosidade, mostrou a obra que muito ajudou a construir – o Núcleo Museológico de Pias - e que, fazendo já parte da Rede de Museus do Alentejo, guarda as memórias do povo da sua terra.

 

Terminámos o dia na Bética, uma acolhedora casa de turismo rural, onde o Marco Valente nos mostrou um conjunto de peças arqueológicas coleccionadas pelo antigo dono, já falecido, explicando com saber e detalhe a sua proveniência e significado.


MEG

terça-feira, 10 de novembro de 2015

O nº 18 da revista ALDRABA está no prelo

Editorial do nº 18 da revista, atualmente em composição na tipografia, e que vai sair dentro de dias:


CONHECER, PARA QUÊ?

Não se pode verdadeiramente amar aquilo que se desconhece. Como evitar então o desconhecimento, a indiferença e mesmo o vandalismo, nos diferentes tipos de património?

Os dezoito números da revista Aldraba já publicados contêm artigos de mais de nove dezenas de colaboradores, sobre diversas temáticas do espaço e património popular. Este espólio de conhecimento, sobre interessantes realidades culturais de várias regiões, faz agora parte do acervo de várias bibliotecas do país e de diversas associações locais. Cooperámos e estabelecemos articulações e parcerias com mais de sete dezenas de coletividades, associações populares e entidades. Realizámos encontros, visitas temáticas, jantares-tertúlia, rotas pedestres e eventos que possibilitam convívios e relacionamentos personalizados entre os seus participantes, onde se partilham conhecimentos e estabelecem laços de afetos entre as pessoas que participam nestes eventos.

Segundo a UNESCO, o património imaterial tem como características ser ao mesmo tempo tradicional, contemporâneo e vivo, integrador, representativo e baseado na comunidade. Património imaterial não são só as tradições do passado, mas também os usos e as expressões rurais e urbanas característicos de diversos grupos culturais, que refletem um sentimento de identidade e de continuidade no tempo, que podemos partilhar ou que são transmitidos de geração em geração. O património imaterial deve ser reconhecido pelas comunidades que o criam, mantêm e transmitem, floresce nas próprias comunidades e depende dos conhecimentos, tradições, técnicas e costumes transmitidos ao resto da comunidade, de geração em geração, ou por outras comunidades, e não deve ser valorizado ou apropriado como bem cultural isolado do seu próprio contexto.

A Aldraba procurou orientar a sua atividade ao longo dos 10 anos da sua existência, tendo presente estes princípios. Tem adotado uma abordagem que permite aprofundar o conhecimento, fazer a divulgação e promover a interação que se tem revelado adequada e frutuosa, porque levada a cabo de forma personalizada e respeitadora dos valores culturais e das respetivas comunidades, que com carinho preservam e dão vida a esses valores.

Atendendo às possibilidades existentes, valeu a pena o percurso e parece-nos positivo o contributo desta Associação.

Esperamos prosseguir e consolidar esta caminhada, em cooperação com outras associações e entidades, por forma a contribuir eficazmente para a valorização e divulgação do espaço e património popular.

Luís Ferreira

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

O Ateneu Comercial de Lisboa













Há dez anos, precisamente no dia 25 de Abril de 2005, através da sua primeira Assembleia Geral, a Aldraba nasceu numa das salas do Ateneu que a direcção da altura nos cedeu para o efeito.
Regressámos lá por diversas vezes. Era notória a degradação e o abandono dos espaços outrora quase sumptuosos que constituíam o Palácio dos Condes de Povolide.
Em artigo publicado no Observador intitulado “Ateneu de Lisboa – Morrer lentamente aos 135 anos”, Maria Catarina Nunes traça o percurso de uma instituição nascida pela mão de um grupo de trabalhadores do comércio e com que se pretendia estender o acesso ao ensino e à cultura, garantindo “uma instrução especializada aos da sua classe (das mais numerosas do país), encontrar um espaço onde pudessem encontrar-se e, a longo prazo, incentivar a prática desportiva. “Mente sã em corpo são” era o lema. Tudo por fases, claro, que não seria fácil instituir todas as categorias de uma vez só. Agarraram no nome de Camões – soldado e homem de letras – e fizeram-no seu patrono. O busto do poeta ainda sobrevive no átrio do Ateneu Comercial de Lisboa. Mas é dos poucos, porque nos últimos anos tudo se foi perdendo. Mesmo os livros (a biblioteca foi das primeiras conquistas da associação, que recebeu donativos e ofertas de obras das mais variadas pessoas), estão abandonados e esquecidos numa sala fechada”.
Refere que “Os primeiros estatutos do Ateneu eram claros e motivadores: organização de uma biblioteca, aulas diurnas de instrução primária para os filhos dos sócios e para as crianças pobres, aulas noturnas de gramática portuguesa, francesa e inglesa, de geografia e de escrituração comercial para os sócios”.
Nos anos 70 do século passado foi escola – a Secção do Ateneu da Escola Comercial Veiga Beirão, também ela já fechada, “recebeu tertúlias, formou desportistas, animou culturalmente Lisboa. Agora é um palácio degradado, as atividades morreram e quem resiste diz-se alvo de intimidações. Afinal, o que se passa no Ateneu?”, pergunta que a jornalista coloca e a que dá algumas respostas.
Deixo a ligação de acesso ao artigo não só pelas memórias que recupera, mas também pela ligação que o Ateneu tem com a criação da nossa associação.
Texto MEG
Fotografia A. Videira Santos (net)



segunda-feira, 2 de novembro de 2015

XXX Encontro da ALDRABA: “O cante e a memória rural, vozes e olhares cruzados” - Serpa e Pias, 14 de Novembro de 2015













No sábado, 14 de novembro próximo, vamos levar a efeito mais um encontro temático, agora no distrito de Beja, assinalando simultaneamente o termo do 10º aniversário da nossa Associação e o 1º aniversário da elevação do cante alentejano a património imaterial da humanidade, pela UNESCO.

Programa:

10:00 h- Concentração na Casa do Cante, sita na Rua dos Cavalos, em Serpa.

10:30 h- Intervenções de abertura, por parte das direcções da Aldraba e da Casa do Cante.

10:45 h - Intervenção de Paulo Lima, acerca dos bastidores das candidaturas para a obtenção do galardão do Património Imaterial da Humanidade da UNESCO. Um Ano Depois do Cante a Património Mundial.

11:00 às 13:00 h - Conversa/Debate sobre o Cante Património Imaterial da Humanidade, com os convidados António Lebre (Camponeses de Pias ); Filipe Pratas (Ganhões de Castro Verde); Hilário Serra (Mainantes de Pias) e Paulo Nascimento (Vereador da Cultura da C.M.Castro Verde). Moderação de Luís Maçarico e Ana Isabel Carvalho.

13:30 h - Almoço no restaurante Arrozinho de Feijão, em Serpa (ementa global ao preço de 12,50 €, incluindo entradas de pão, queijo, paio e azeitonas, um prato de carne ou peixe, entre ensopado de borrego, bacalhau com natas, bacalhau com espinafres ou sopa de cação, e vinho em jarro, águas, sumos ou sangria em jarro, sobremesa e café. As cervejas, sumos de lata e bebidas brancas são pagas à parte).

15:30 h - Deslocação para Pias.

15:45 h - 2 ª Parte do Encontro. Concentração junto à Junta de Freguesia de Pias, na Rua Luís de Camões.

16:00 h - Boas vindas desta autarquia, pelo Presidente José Augusto Moreira.

16:15 h - Intervenções de mestres pienses, cujas profissões são raras ou já desapareceram, com Madalena Borralho, Maria Eugénia Gomes e Marco Valente, que integra a equipa de trabalho que está a produzir um trabalho sobre o Povo de Pias. Participarão os mestres Romão Mariano (ferreiro), e Domingos Borralho (alfaiate), entre outros.

17:15 h - Visita ao espaço museológico rural, guiada por Madalena Borralho.

18:00 h - Pequena visita guiada, por Marco Valente, pelos objectos arqueológicos que se encontram no Hotel Rural Bética, e são pedaços da história de Pias.

18:30 h – Fim do Encontro, com eventual petisco na taberna Silvestre.

As inscrições para participar neste encontro devem ser feitas, telefonicamente ou por mail, até 4ª feira, 11 de Novembro, junto do Luís Maçarico (967187654/lmacarico@gmail.com) ou da Ana Isabel Carvalho (963982201/anaisa1640@gmail.com).

A Direcção.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Nomes de localidades em azulejos (cont. 28)


Durante esta longa caminhada que a ALDRABA tem percorrido, com vista à recuperação e divulgação das placas toponímicas em azulejos colocadas pelo ACP a partir de 1920, temos tido a preciosa colaboração de amigos e associados que nos fazem chegar fotografias de novas placas que vão encontrando.

Desta vez, foi o amigo Jorge Torres que nos enviou belas 6 placas de azulejos. Dessas, o blogue da nossa associação tinha já publicado, há tempos atrás, as de Arraiolos, de Gralhós, da Lajeosa do Mondego e de Penedono.

Inéditas, as placas da Carrapichana (freguesia do concelho de Celorico da Beira, distrito da Guarda) e de Carvalhal da Louça (localidade da freguesia de Paranhos da Beira, concelho de Seia, distrito da Guarda). Aqui as publicamos hoje, com todo o gosto.

Quanto às quatro que já havíamos publicado, republicamos as de Gralhós (Montalegre, Vila Real) e da Lajeosa do Mondego (Celorico da Beira, Guarda), devido ao facto de as fotografias do Jorge Torres terem muito melhor qualidade que as anteriores.

Muito obrigado pela ajuda do Jorge Torres, que nos permite averbar hoje, com as duas novas placas, um total de 153 exemplares já publicados!

JAF