quarta-feira, 21 de abril de 2010

Sessão de divulgação dos Cadernos Temáticos 1 na Biblioteca Municipal de Faro




No auditório da Biblioteca Municipal de Faro António Ramos Rosa, gentilmente recebidos pela Chefe de Divisão de Bibliotecas, Dr.ª Salomé Horta, e com a presença reduzida, mas muito interessada, de diversos cidadãos do distrito, teve lugar no passado dia 16 mais uma apresentação do nº 1 dos Cadernos Temáticos da Aldraba, "Aldrabas e Batentes de Porta: uma reflexão sobre o património imperceptível", de Luís Filipe Maçarico.
A biblioteca insere-se num edifício e num enquadramento externo de grande beleza, de que aqui registamos algumas imagens.
A sessão foi também oportunidade para reencontrarmos os nossos associados do Algarve Sónia Tomé e Fernando Ferreira, que acorreram com demonstrações de muito empenho no nosso projecto.
JAF (fotos MPA e LFM)

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Em Lisboa, quem conhece?



Esta pequena preciosidade, felizmente hoje recuperada, fica escondida num recanto entre a Rua da Costa do Castelo e o Largo da Achada, em Lisboa. Para além dos seus moradores e de quem mais, por obrigação, por ali faça seus os caminhos do dia a dia, poucos a devem conhecer.

Grave omissão, poderia dizer-se, não fosse o desculpável desconhecimento de muitos por não haver folhetos turísticos que a revelem nem outra forma de a descobrir, a não ser que a curiosidade por esta Lisboa que em cada canto nos encanta (e por vezes também desencanta…) nos conduza os passos para tão esconsas paragens. E depois é só admirar as belas portas ogivais, o andar de ressalto, vestígios mais que evidentes de uma marcada ancestralidade que nos faz recuar uns bons séculos.

Deste lugar falou Norberto de Araújo (http://www.infopedia.pt/$norberto-de-araujo) nas suas “Peregrinações em Lisboa”, livro III:
«Este sítio da Achada, que foi arrabalde da cidade muçulmana, deve o seu nome, muito antigo e característico, pois já é citado em 1554, ao facto de aqui se encontrar uma pequena planície ou descanso da encosta. “Achada”, com efeito, é uma contracção de “achaada”, terra chã. (…)há aqui casas curiosas, interessantes na sua construção de alguns séculos, e como raras se encontram na Alfama. Por exemplo: (…) na reentrância defronte do Largo este prediozinho nº. 54, com porta ogival simples e janela do mesmo tipo.»

Mais que isto é saber-se que não é lugar só para usufruto de alguns, mas que ainda é vivido, com roupas estendidas à janela e o verdejar das plantas que emolduram as portas.

MPA (texto e fotografias)

domingo, 11 de abril de 2010

Os nomes das localidades em azulejos















O azulejo é elemento decorativo e veículo do imaginário, mas também tem tido uma aplicação utilitária, como diz Susana Calado Martins (blogue “Lugares do Sul”).

As placas toponímicas indicando os nomes das localidades, que muitos de nós recordam com carinho, foram colocadas – pelo menos a maior parte delas – pelo Automóvel Clube de Portugal nos inícios do século XX, e eram “letreiros … formados por letras individuais feitas em série, pintadas através de estampilhos manuais agrupadas conforme a palavra a constituir e rematados por frisos próprios, e … identificados por um pequeno fragmento no cimo do topónimo com a sigla ACP entrelaçada” (blogue citado).

Visava-se orientar os viajantes do turismo que se começava a desenvolver, mas também assinalar uma marca de distinção e referência das localidades, contribuindo para o amor-próprio das suas populações.

Como escreve judiciosamente SCM, “este equipamento toponímico azulejar faz parte do património cultural das comunidades, enquanto manifestação artística própria de uma época ou épocas e sobretudo enquanto referência da memória, cumprindo uma dupla função social. Daqui surge a necessidade de desenvolvimento de acções de sensibilização do cidadão, dando-lhe a conhecer um património muitas vezes relegado para 2º plano o qual passa muitas vezes despercebido dada a sua conotação com o antigo, no sentido de velho e em desuso, devendo por isso ser substituído por formas modernas, ao invés de ser reconhecido e preservado. Para este fim são necessárias intervenções de restauro nos conjuntos possíveis e mais significativos, mas sobretudo acções de prevenção e preservação daquilo que existe com vista ao impedimento da destruição, seja esta por acção do tempo/abandono ou por actos de vandalismo”.

Outro blogue (“Diário de Bordo”), assinala sobre as placas toponímicas que hoje, com o alargamento dos perímetros urbanos, se situam frequentemente no interior das povoações, o que torna a sua identificação mais difícil e mais divertida.

E acrescenta o respectivo bloguer (Teresa Oliveira), em Dezembro de 2008, que se lembra “desde sempre, de uma na Amadora, perto da Academia Militar” e que “quando a procurei, há uns meses, percebi que alguém a tinha caçado primeiro, porque já não estava lá...”

Identificamo-nos totalmente com as preocupações destas companheiras da blogosfera.

E procuramos aqui, republicando (com a devida vénia) fotografias já divulgadas noutras fontes, e reproduzindo algumas que conseguimos nós próprios colher, estimular os associados e amigos da “ALDRABA” a colaborarem nesta tarefa de divulgação e preservação do património.

Quem aceita o desafio e nos faz chegar outras fotografias de placas de localidades, e notícia de iniciativas visando a sua valorização?

JAF

(Fotos: “Lugares do Sul”- Loulé e Quarteira; “Diário de Bordo” – Arraiolos, Cabeço de Vide, Caparide, Estremoz, Évora, Fronteira e Queluz de Baixo; “Static.panoramio” – Seramena; LFM – Alvaiázere; JAF – Alandroal, Castro Verde e Ciborro)




sábado, 10 de abril de 2010

7º Jantar tertúlia - Juventude da Galiza





Cumpriu-se a função!
Começou por uma conversa agradável, à medida que os quase trinta amigos se iam reencontrando no jardim/esplanada do palacete sede do Centro Galego de Lisboa - Juventude da Galiza, lá para os lados do Torel, num fim de tarde ameno com Lisboa por cenário.

Durante e depois do jantar, bem servido e bem acompanhado, reinou a animação e a alegria, falou-se da diáspora galega e contaram-se histórias dos galegos passadas em Lisboa e, um pouco, pelo mundo inteiro. Acompanhou-nos o Eduardo Magalhães, neto de galegos, grande conversador e que, fiel às suas raízes, fez as honras da casa.

Por fim, visitámos as instalações onde decorrem as actividades que o Centro Galego desenvolve aqui em Lisboa. Mais uma vez e a propósito das muitas fotografias que se espalham pelas paredes dos vários salões, vieram à baila mais histórias, muitas memórias de outros tempos e evocações das gentes que ergueram e mantêm viva esta embaixada galega em Lisboa.

Passava da meia-noite quando nos despedimos, fora um serão com a Galiza ali tão perto!
MEG

quinta-feira, 1 de abril de 2010

7º Jantar tertúlia - Juventude de Galiza, Lisboa 9-4-2010



No próximo dia 9 de Abril, 6ª feira, pelas 20 horas, realizaremos mais um jantar-tertúlia, desta vez na Xuventude de Galícia, na Rua Júlio de Andrade, n.º 3 em Lisboa (junto ao Jardim do Torel e ao Campo dos Mártires da Pátria).

O preço do jantar, por pessoa, será 15€, e a ementa constará de entradas, paella, sobremesa, vinhos, águas, sumos e café.

Contamos com a presença de alguns associados da Xuventude, que nos falarão do percurso da sua colectividade, das afinidades seculares entre o povo galego e os portugueses, bem como das pequenas/grandes histórias dos conterrâneos de Rosalia de Castro.

As inscrições deverão ser feitas até ao próximo dia 6 de Abril, 3ªfeira, para Margarida Alves - tlm 966474189; e-mail margarida.alves@gmail.com, M.Eugénia Gomes - tlm 919647195; e-mail megomes2006@gmail.com, ou Círia Brito - tlm 969067494; e-mail ciriabrito@sapo.pt

A Xuventude de Galicia – Centro Galego de Lisboa foi fundada em 10 de Novembro de 1908 e está inscrita com o número 13 na Federação Portuguesa das Colectividades de Cultura e Recreio.

Foi declarada de Utilidade Pública em 26 de Novembro de 1980, distinção concedida somente a Associações que prestem relevantes serviços à comunidade ou tenham actividades de interesse geral.

Está localizada na Rua Júlio de Andrade, em Lisboa, desde Julho de 1988, por doação do sócio Manuel Cordo Boullosa, num belo palacete construído em finais do século XIX sob projecto dum arquitecto italiano.

A Xuventude de Galicia vive das quotas dos seus sócios, receitas das aulas, bar-restaurante e festas, de donativos e das ajudas da Xunta de Galicia.

MPA