No jardim fronteiro à Câmara Municipal, começou a juntar-se no passado sábado o grupo de participantes no XVI Encontro da Aldraba, que mais tarde viria a reunir 20 associados e amigos, chegados uns do distrito de Lisboa, outros dos distritos de Santarém e de Coimbra, outros do próprio distrito de Leiria que nos acolhia.
No Centro de Interpretação Turístico da C.M.Pedrógão, fomos recebidos pela vereadora da Cultura Drª Sofia Neves e pela técnica responsável pelo Centro, tendo-nos sido proporcionada uma rica visão global das riquezas naturais e culturais do concelho.
A associação dos bombeiros voluntários locais serviu um apetitoso almoço de cabrito assado, a que se seguiu um passeio a pé pelo centro histórico, muito elucidativo dos traços estéticos principais do edificado, e do cuidado com que as suas características têm sido preservadas.
Maravilhámo-nos durante a tarde com as vistas do vale do Zêzere, na zona da albufeira do Cabril, Srª dos Milagres, Penedo do Granada, Convento da Srª da Luz, ponte filipina...
Ao fim da tarde de sábado, na Villa Isaura (Troviscais), conhecemos interessantíssimos materiais museológicos, ligados à saga dos antigos migrantes ratinhos, designadamente instrumentos pastoris e têxteis, e outros materiais coligidos pelo nosso associado Aires Henriques, merecedores de cuidada catalogação e divulgação em exposições em que a Aldraba poderá vir a colaborar.
Após animado jantar volante, a Villa Isaura albergou ainda uma noite de poesia e reflexão sobre os temas patrimoniais. Entre os intervenientes, para além do sempre presente João Coelho, contámos com o escritor local Adriano Pacheco e o nosso querido associado Kalidás Barreto.
O dia de domingo foi passado com o acompanhamento da peneiração, amassada e cozedura de pão, nas instalações da Associação Cultural e Recreativa de Melhoramentos do Mosteiro, com a visita a um moinho de rodízio recuperado, na margem da Ribeira de Pera, com um inesquecível almoço de convívio na Associação, e finalmente um passeio pedestre nas frondosas e refrescantes veredas junto à ribeira.
Dois dias de intensa confraternização, contacto com as práticas culturais e de vida de uma população beirã, e partilha de experiências com os pedroguenses que persistem em dar a conhecer e valorizar o seu património.
JAF (texto e fotografias)