Na edição comemorativa do seu 147º centenário, o “Diário de Notícias” publicou anteontem os testemunhos sobre o nosso país de 7 estudantes estrangeiros que frequentam cursos universitários em Portugal.
De entre esses textos, destaco o do espanhol Pablo Gonzalez, de 23 anos:
“Portugal é ruas de pedra, é pontes de ferro, é tectos altos, é prédios senhoris, é manuelino, é igrejas velhas, é Sé, é Álvaro Siza Vieira, é pastéis de Belém, é bacalhau à Brás, é castanha assada, é vinho verde, é Licor Beirão, é arroz com frutos do mar, é queijo de Évora. É José Saramago, Luís de Camões e Fernando Pessoa. Portugal é Lisboa, Porto, Braga e Coimbra, sendo também Fátima, Sintra ou Aveiro, sem deixar de ser Lagos, Beja ou Santa Comba Dão. E, óbvio, é Guimarães. É os cidadãos do Brasil, de Angola ou de Timor-Leste que há nas ruas, é Açores e Madeira, é o oceano imenso que dá a volta ao mundo, é a língua portuguesa, é a História, é Alexandre Herculano, Vasco da Gama e Fernão de Magalhães. Portugal é o fado, é o 25 de Abril, é República, mas é Dom Sebastião, é o galo de Barcelos, é o Tejo e o Douro, é a Universidade de Coimbra, é o eléctrico de Lisboa, é Amália Rodrigues, Carlos do Carmo e Deolinda. Portugal não é perfeito, mas é incrível”.
Belo tributo às riquezas da nossa terra, e às grandezas da nossa cultura e da nossa história, que aqui deixamos neste final de ano cheio de perplexidades e preocupações…
Mas, direi eu, é um tributo a que falta alguma coisa!
Falta a referência expressa às gentes de Portugal, a esse povo que - tantas vezes silencioso e conformado, outras vezes indignado e insubmisso, mas sempre corajoso e firme – está por detrás de tudo aquilo que os estrangeiros apreciam no nosso país.
Essa gente é que é o centro de tudo o que temos, PORTUGAL, afinal, É A SUA GENTE.
Mas, direi eu, é um tributo a que falta alguma coisa!
Falta a referência expressa às gentes de Portugal, a esse povo que - tantas vezes silencioso e conformado, outras vezes indignado e insubmisso, mas sempre corajoso e firme – está por detrás de tudo aquilo que os estrangeiros apreciam no nosso país.
Essa gente é que é o centro de tudo o que temos, PORTUGAL, afinal, É A SUA GENTE.
JAF