sábado, 21 de maio de 2016

Como foi o lançamento da revista nº 19 em Telheiras













Sérgio Pratas, jurista, quadro superior da Administração pública e dirigente da Confederação Portuguesa das Coletividades, presenteou-nos com uma brilhante intervenção na apresentação do novo número da revista "ALDRABA".

Antes da apreciação do conteúdo propriamente dito da revista, o nosso convidado pronunciou-se sobre a importância de que se reveste, em seu entender, a atitude de associações como a Aldraba de não se limitarem à fruição dos conhecimentos, e que apostam claramente em atividades de produção do conhecimento sobre o património.

Segundo Sérgio Pratas, a Constituição da República comete ao Estado o dever de assegurar o direito social à cultura, mas o Estado não o conseguirá senão em parceria com as associações populares, única forma de garantir a efetiva democratização da cultura.

E, sublinhou, a melhor abordagem é aquela que a nossa revista tem concretizado ao longo dos anos, convidando as pessoas em geral, e não apenas os académicos, a testemunharem sobre as suas próprias vidas e experiências, e a mostrarem aos outros os aspetos e facetas da realidade que todos veem mas que, de facto, ninguém vê...

Trata-se de uma tarefa de grande mérito, que o nosso orador qualificou mesmo de fascinante!

Após esta parte da apresentação, foi descrito o conteúdo específico do nº 19 da revista, e os dirigentes presentes da Aldraba e da Associação de Residentes de Telheiras deram uma nota breve sobre os respetivos percursos associativos.

Cerca de 30 participantes na sessão, associados e amigos da Aldraba e diversos moradores do bairro de Telheiras, acompanharam com muito interesse este evento.

JAF (foto LFM)

quinta-feira, 19 de maio de 2016

XXXI Encontro da ALDRABA, "Tomar, encruzilhada de povos e culturas", no sábado, 28.5.2016

XXXI Encontro da ALDRABA

“Tomar, encruzilhada de povos e culturas”
Tomar, 28 de maio de 2016 (sábado)

A muito antiga e histórica cidade de Tomar é o local do nosso próximo encontro. Situada na raia norte da lezíria ribatejana, a 125 km de Lisboa, é banhada pelo rio Nabão, que não longe entrega as suas águas no Zêzere.

A cidade é também conhecida pela cidade dos Templários.

Aqui, onde a história, a arte, a cultura, a festa, as belezas naturais, a gastronomia, todas elas, têm um ícone, quer no espaço quer no tempo: o Convento de Cristo, a Sinagoga, a Festa dos Tabuleiros, o centro histórico, o rio, cuja quietude é um apelo ao silêncio da urbe.

Realmente, Tomar é um rio de cor que noutro rio se entorna.

Na elaboração do programa deste nosso XXXI Encontro, contámos com o apoio de uma associação anfitriã, a já centenária Sociedade Banda Republicana Marcial Nabantina, na pessoa da sua presidente, a amiga Filipa Fernandes.

O programa do Encontro vai incluir os seguintes momentos:

• 9.30h – Concentração junto do Palácio de Justiça (Largo 5 de Outubro)

• 9.45h – Passagem pela Praça da República e pela Igreja de S. João Batista

• 10,30h – Atravessamento da Rua da Corredoura (atual Rua Serpa Pinto)

• 10.45h – Visita à Sinagoga e ao Museu Luso-Hebraico

• 11.40h – Visita à Igreja de Santa Maria do Olival

• 13.00h – Almoço na Sociedade Banda Nabantina, estando prevista uma visita às suas instalações

• 15.00h – Visita ao Museu dos Fósforos “Aquiles da Mota Lima”

• 16.00h – Deslocação e visita ao Convento de Cristo

• 18.00h – Encerramento do Encontro na Mata Nacional dos Sete Montes

Concluído o programa, em que o horário é imperativo, poderão ainda ser visitados outros locais de interesse, como o jardim do Mouchão e a imponente roda de água.

As entradas no Convento de Cristo estão sujeitas ao pagamento de um ingresso de 6,00 €/visitante, para os visitantes com + de 65 anos – 3,00 €

O almoço na Nabantina incluirá entradas (pão, azeitonas, queijo e misto de enchidos), o prato principal (lombo assado no forno ou bacalhau com natas), a sobremesa (gelado com frutos vermelhos, salada de frutas ou doces diversos), bebidas (águas; refrigerantes, vinho da casa ou sangria), café, descafeinado ou chá, e o digestivo da casa (abafado), com um preço por pessoa de 15,00 €.

As inscrições para participação neste XXXI Encontro devem ser feitas, até 26 de maio, para o e-mail da Aldraba ou pelos telefones 964445270 (Mª Eugénia Gomes) ou 967007423 (João Coelho)

A Direção

terça-feira, 17 de maio de 2016

Lançamento do nº 19 da revista ALDRABA na próxima 6ª feira, 20 de maio, na Ass.Resid.Telheiras
















É já na próxima 6ª feira, dia 20 de maio, às 18h30, que terá lugar a apresentação do n.º 19 da nossa revista, que estará a cargo do amigo e associativista Sérgio Pratas.

O Dr. Sérgio Pratas, licenciado em Direito e mestre em Administração e Políticas Públicas, é assessor jurídico da Direção-Geral da Administração e do Emprego Público e dirigente da Confederação Portuguesa das Coletividades de Cultura, Recreio e Desporto. Foi jurista da Câmara de Loures, do INA e da CADA. Publicou obras sobre o Movimento Associativo Popular, o Direito da Função Pública e o Estado Transparente.

O lançamento terá lugar na ART - Associação de Residentes de Telheiras, sito na Rua Prof. Mário Chicó, 5, loja, em Lisboa (perto dos Correios de Telheiras). Quem pretender utilizar os transportes públicos, poderá fazê-lo por metro (Estação de Telheiras) ou pelos autocarros da Carris 747, 767 ou 778.

Lá os esperamos para um fim de tarde de franco convívio e de debate em torno dos assuntos do património e do associativismo popular que a todos interessam.

A Direção      


Sumário do nº 19 da revista:  

EDITORIAL

O património cultural e a globalização
Luís Filipe Maçarico

LUGARES DO PATRIMÓNIO

Os remates dos telhados madeirenses
Sónia Marques

Terreiro do Paço ou Praça do Comércio
Nuno Roque da Silveira

Caminhos da arte rupestre – entre Beja e Olivença
Marco Valente

ASSOCIATIVISMO E PATRIMÓNIO

Banda Municipal Alterense
Virgílio Vidinha

RITUAIS, TRADIÇÃO E REALIDADE

Viagem à terra do vinho dos mortos
Augusto Fernandes

ARTES E OFÍCIOS

Os aguadeiros em S. João de Negrilhos
Luís Ferreira

TEATRO POPULAR

Romeu Correia: o escritor de teatro que espelhava a vida em páginas inspiradas pelo povo de Almada
Luís Filipe Maçarico

OS AMIGOS E A MEMÓRIA

Se na verdade o Céu existe…
Albano Ginja

CRÍTICA DE LIVROS

Boas fadas que te fadem
José Alberto Franco

ALDRABA EM MOVIMENTO

Novembro de 2015 a Abril de 2016
Maria Eugénia Gomes

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Património cultural e globalização

                                                                                                                                        









Reprodução do Editorial do nº 19 da revista "Aldraba", a qual se encontra já disponível:

A preocupação com o Património Cultural é recente, originada pela alienação dos bens que integravam a memória social.

Nos anos 50-60 do século XX, em Pias, concelho de Serpa, o pároco da época consumou o derrube da antiga igreja de Santo António, com altar em talha dourada, para no seu lugar surgir um templo amplo de traça moderna.

Os talibans que destruíram os Budas do Afeganistão, talhados em rocha, o Daesh que minou a esplêndida Palmira, na Síria, ou o Boko Haram que destruiu a maioria dos mausoléus de santos no Mali, são uma variante mais perigosa do desprezo pela herança secular, como o foi o saque do celebrado Museu de Bagdad, na sequência da invasão americana do Iraque.

A globalização permitiu evidenciar os desmandos em países que são palco de guerras.

Sendo o Património uma alavanca importante na economia das sociedades, veja-se o caso de Évora, Património Material da Humanidade há décadas, produto de marketing turístico, propiciador do desenvolvimento social e económico.

Todavia, há um lado menos positivo na promoção turística dos lugares. Recentemente, em artigo do “Observador”, questionou-se a pressão do turismo na identidade de Lisboa, onde lojas caricaturais das emblemáticas sardinhas e pastéis de nata se reproduziram, a par dos hostels e tuc-tuc, como cogumelos.

Um dos casos mais polémicos baseia-se numa ourivesaria da Baixa lisboeta, fundada em 1904, trespassada e transmutada em Casa Portuguesa do "Tradicional" Pastel de Bacalhau com Queijo da Serra, em Maio de 2015.

Em 1968, Jorge Dias, antropólogo, escreveu no artigo "O Folclore na Era do Plástico": "A procura dá lugar à oferta, mas como a procura excede a possibilidade de oferecer o autêntico, recorre-se à fraude (...) Na era do plástico, temos de aceitar que os produtos que se oferecem já não possam ser inteiramente autênticos. Aliás, a característica do turista é a sua preferência pela teatralidade, pelo falso. Se o turista não passa de uma fonte de receita, porque não se lhe há-de fornecer aquilo que ele gosta?”

O percurso da Aldraba trouxe a estas questões contributos para uma reflexão colectiva, de que muito nos orgulhamos, procurando evitar o esquecimento dos testemunhos orais e a perda de uma genuína herança, que enriquece a caminhada.

Em tempo de globalização, privilegiamos a pequena história dos objectos biográficos e os relatos da vida local. A cidadania.

Luís Filipe Maçarico

terça-feira, 10 de maio de 2016

“Tradição e sabedoria” : Dar ou receber luvas

                                              










Significado: Subornar ou aceitar suborno.


Origem: A expressão tem mais de quinhentos anos e surgiu em Espanha, em pleno Império dos Habsburgos.

Na época das luvas perfumadas, símbolo de estatuto social elevado, davam-se ofertas em dinheiro a troco de favores para poder comprar luvas.



Cafés Chave d’Ouro