domingo, 30 de janeiro de 2022

Ecos do jantar-tertúlia na Voz do Operário













Realizou-se ontem, 29/1/2022, o nosso 32° Jantar-Tertúlia, que reuniu 22 associados e amigos da Aldraba com o anfitrião Manuel Figueiredo, presidente da Direção da Sociedade Voz do Operário. O jantar correu muito bem e, pelo que se pôde presenciar na cara dos presentes, foi do agrado de todos.

Foram lidas mensagens e ouvidas algumas palavras da direção e do presidente da Assembleia Geral da Aldraba. O Manuel Figueiredo fez uma intervenção/apresentação da Voz do Operário, deixando para todos nós uma porta aberta. Houve ainda tempo para troca de perguntas e respostas.

Após a saborosa refeição, visitámos as instalações da Voz do Operário, designadamente o Salão de Festas, o Salão Nobre e a Biblioteca.

Mais uma iniciativa bem conseguida, segundo a mensagem que os associados e amigos transmitiram.

Albano Ginja e João Coelho (texto e fotos)

sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

O acervo documental da Aldraba (23): Etnografia






Sendo a etnografia o estudo descritivo dos povos e etnias, das suas línguas, religiões, costumes, crenças e tradições, constitui uma abordagem de grande importância para quem se ocupa da cultura popular.

Ao longo do tempo, foram publicados na revista "Aldraba" diversos artigos nesta área, cuja enumeração abaixo se reproduz.

A todos os interessados em aceder a alguns destes artigos e que se manifestem nesse sentido através do endereço aldraba@gmail.com, garantimos o envio eletrónico de cópia dos textos em causa. É igualmente possível, para quem o solicitar pela mesma via, combinar-se o envio postal do ou dos números da revista em que foram publicados os referidos artigos.


ETNOGRAFIA

Adriano Pacheco, “Aldeia de Mosteiro (monografia)”, n.º 29 (Abr.2021), p.35

Alfredo Flores. “Património folclórico”, n.º 20 (Out.2016), p.20

Carolina Figueiras, “Uma alma de Viana no Rio de Janeiro”, n.º 17 (Abr.2015), p.7

João Coelho, “A ação cívica e cultural de João de Araújo Correia”, n.º 17 (Abr.2015), p.25

J. Fernando Reis de Oliveira, “Rocha Peixoto: o etnógrafo estudioso dos ‘ex-votos’”, n.º 24 (Out.2018), p.15

José Alberto Franco, “Alcanena – da serra ao rio”, n.º 30 (Out.2021), p.31

José Alberto Franco, “Cantarinha de segredo”, n.º 20 (Out.2016), contracapa

José Rodrigues Simão, “As eiras comunitárias do meu tempo”, n.º 20 (Out.2016), p.15

Luís Filipe Maçarico, “Alves Redol: O escritor-etnógrafo que amava o futuro”, n.º 12 (Out.2012), p.2

Luís Filipe Maçarico, “É por aí voz constante…e o povo sabe quando diz”, n.º 5 (Jul.2008), p.8

Luís Filipe Maçarico, “José Figueiras, fundador da Ronda Típica da Meadela – Elementos para uma biografia”, n.º 11 (Abr.2012), p.2

Luís Filipe Maçarico, “Rocha Peixoto e Leite de Vasconcelos”, n.º 8 (Dez.2009), p.2

Luís Filipe Maçarico, “Vida e obra de João de Araújo Correia”, n.º 15 (Abr.2014), p.2

Maria do Céu Ramos e Luís Ferreira, “Festa dos Tabuleiros em Tomar”, n.º 18 (Out.2015), p.19

Zulmira Bento, “Visitando o Museu Etnográfico Louzã Henriques”, n.º 20 (Out.2016), p.7


JAF

sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

32º Jantar-Tertúlia da Aldraba na "Voz do Operário", dia 29.1.2022, sáb., 19h

 


O já tradicional jantar-tertúlia, que há muitos anos a associação Aldraba realiza no mês de dezembro com os seus associados e amigos, como forma de confraternização na quadra natalícia, foi em 2021 diferido para o mês de janeiro seguinte, em face das incertezas que persistem em termos de saúde pública, e por termos tido três atividades presenciais em outubro e novembro últimos, aliás muito concorridas.

Para o concretizar, defrontámo-nos no corrente mês com o não abrandamento da vaga pandémica e com a realização da atual campanha eleitoral para as legislativas (que ocupa parcialmente os locais e as disponibilidades das pessoas…).

Mesmo assim, fizemos questão de procurar um espaço onde nos pudéssemos reunir com condições de segurança, e que oferecesse suficiente interesse para os nossos associados e amigos, na ótica do contacto com experiências relevantes da vida associativa e cultural portuguesa.

É, pois, com muito gosto que anunciamos a realização do nosso 32.º jantar-tertúlia para o próximo dia 29 de janeiro de 2022, sábado (dia em que a campanha eleitoral está já interrompida), a partir das 19 horas, na Sociedade de Instrução e Beneficência “A Voz do Operário”, sita na rua com o mesmo nome, nº 13, entre o largo da Graça e a igreja de S. Vicente de Fora, em Lisboa.

O jantar propriamente dito será composto por um moscatel e entradas, um prato de cachaço com batatinhas no forno com salada de alface, doce, bebidas e café, tudo ao preço único de 12 euros.

Durante o jantar, seremos recebidos e acompanhados por um membro da direção da Voz do Operário que, designadamente, nos apresentará a valiosa experiência daquela coletividade, formada a partir de 1879 por operários tabaqueiros, que lançaram o jornal “a Voz do Operário”, um periódico “que nos defenda a todos, e mesmo aos companheiros de outras classes".

Constituída em 1883 por 316 associados, a Sociedade Cooperativa A Voz do Operário propunha-se "estudar o modo de resolver o grandioso problema do trabalho, procurando por todos os meios legais melhorar as condições deste, debaixo dos pontos de vista económico, moral e higiénico, (…) estabelecer escolas, gabinete de leitura, caixa económica e tudo quanto, em harmonia com a índole das sociedades desta natureza, e com as circunstâncias do cofre, possa concorrer para a instrução e bem estar da classe trabalhadora em geral e dos sócios em particular". Os associados pagavam uma quota mensal de vinte réis.

Em 1889, quando a Voz do Operário tinha 1114 sócios, muitos dos quais já não eram operários tabaqueiros, deu-se uma alteração de estatutos, que conduziu à atual S.I.B.”VO”, tendo a sociedade assumido, a partir da implantação da República em 1910, um papel de grande projeção na instrução pública. Em 1932, o número de associados ascendia a cerca de 70 mil sócios e a escola constituía-se no mais importante núcleo de instrução primária da capital e periferia. Em 1938, essas escolas eram frequentadas por 4.200 alunos, na sua grande maioria filhos de operários. A ação da Voz do Operário estendia-se também ao apoio aos mais desfavorecidos, nomeadamente no fornecimento de refeições, um balneário público, cursos de formação profissional (com os cursos de costura a registarem elevada frequência), assistência funerária e uma biblioteca.

Toda esta intensa atividade social permitiu à VO resistir às múltiplas iniciativas do regime de Salazar para limitar ou condicionar o seu funcionamento, e permitiu-lhe chegar ao 25 de abril de 1974 com uma pujança de que iremos ouvir falar, com mais detalhe, durante o nosso próximo jantar de 29.1.2022.

Quem deseje participar neste próximo jantar-tertúlia deve inscrever-se, por telefone ou email, até à próxima 5ª feira, 27.1, para o José Alberto Franco (TM 96 370 84 81; jaffranco@gmail.com) ou para o Albano Ginja (TM  91 477 39 56; albanoginja@gmail.com), ou ainda para o mail da Aldraba (aldraba@gmail.com).

JAF

 

sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

Fatias paridas








Terminada que está a quadra festiva, vimos evocar um doce tradicional natalício e a curiosidade de um dos nomes pelo qual é conhecido.

Trata-se das "fatias paridas" ou "fatias de paridas", ou ainda, em nomenclatura mais urbana, "fatias douradas".

Fáceis de confecionar, consistem em fatias de pão embebidas em leite e ovo, que vão a fritar em óleo muito quente e são finalmente polvilhadas com açúcar e canela.

O nome antigo, usado em meios rurais, resultou da prática de serem dadas a comer a mulheres que tinham acabado de dar à luz, por serem um alimento "forte" para pessoas que estavam fisicamente fragilizadas, e pela convicção de que o leite empregue na sua confeção ajudaria a desenvolver o leite para amamentarem os bebés... 

JAF