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Alpedrinha, Terra de Amigos , em Fevereiro de 2009, escreveu-se neste blogue que “A Aldraba gosta de Alpedrinha”, localidade da Beira Baixa onde participámos já em diversas actividades populares…
Da mesma forma, e por razões idênticas,
a Aldraba gosta de Montemor, de Viana do Alentejo, da Aldeia da Estrela, de Coruche, de Aljustrel, de Sintra, de Alvaiázere, de Loulé, de Torres Vedras, de Mértola, de Almada, de Estremoz, do Fundão, da Azambuja, de Vila Franca de Xira, de Carnaxide, de Aljezur, de Pedrógão Grande, e de tantos outros locais de Portugal onde as nossas actividades se têm desenvolvido desde finais de 2004.
Assim,
a Aldraba gosta também de Alcoutim, hospitaleira vila algarvia do Guadiana, onde realizámos um dos nossos Encontros, em Maio de 2008, e onde criámos raízes e amigos.
Neste cálido verão de 2010, assistimos ali a mais uma edição da festa da Senhora dos Marinheiros, tradicional festividade religiosa que aproxima as populações da vila espanhola de Sanlúcar (do outro lado do rio) e da vila portuguesa de Alcoutim.
Integrada num variado programa cultural e recreativo, realiza-se todos os anos, a 15 de Agosto, uma tocante procissão fluvial, em que a imagem da Senhora (padroeira dos que trabalham no rio e no mar) é transportada num grande desfile de embarcações entre Sanlúcar e Alcoutim, desembarca e vai “visitar” o exterior da capela de Santo António, e regressa depois a Espanha num vistoso cortejo de barcos de pesca, canoas a remos, iates e outros barcos engalanados e com vibrantes buzinas…
Muitos elementos da população de Alcoutim aguardavam a imagem, e associaram-se aos espanhóis que a acompanhavam, tendo viajado juntos para Sanlúcar. À noite, do outro lado do rio, comemorou-se o Dia de Portugal, tendo actuado um grupo etnográfico do concelho de Loulé (Quelfes).
Lamentavelmente, as autoridades locais do lado português não estavam presentes. Ao que parece, desinteligências patetas entre o alcaide socialista do ayuntamiento de Sanlúcar e o presidente social-democrata do município de Alcoutim, sobrepõem-se ao desejo e à força da confraternização entre as duas populações irmãs.
Também aqui, o associativismo popular dá o exemplo, e mostra o caminho a seguir: a ATAS – Associação Transfronteiriça Alcoutim-Sanlúcar, com associados dos dois lados do rio, e cuja direcção é alternadamente assegurada por um português ou por um espanhol. Conforme analisámos com o actual presidente português da ATAS, Carlos Brito, esta esforça-se por “segurar as pontas”, e colabora activamente nas festividades de Agosto.
Um abraço de felicitações a estes amigos.