sexta-feira, 5 de novembro de 2021

III Encontro de Cultura Popular do Ribatejo, V.N.Barquinha, 20nov2021


 







Vai realizar-se no próximo dia 20 de novembro de 2021, no Auditório da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha, este interessante evento, para o qual desafiamos os amigos da “Aldraba” a colaborarem na sua divulgação, bem como a comparecerem e participarem nos seus trabalhos.

Tal como aconteceu no II Encontro, em 2019, a associação Aldraba estará presente e contará com associados seus entre os oradores. Do conteúdo deste Encontro reproduzimos de seguida o texto de apresentação divulgado pela organização:


O Ribatejo – território, gentes e cultura – é uma região (não administrativa) marcada pela sua diversidade. De identidade fluida e plural, é, apesar de tudo, uma região que reconhece o seu nome e tem de si uma imagem, que foi trabalhada pelo tempo e pela política, pelo comércio e pelas andanças. Conhecer e recriar essa identidade é uma tarefa de todos os tempos.

O Fórum Ribatejo pensa que o Ribatejo continua a fazer sentido, embora a Administração não lhe reconheça a unidade e a forma. Por isso tem vindo a desenvolver um conjunto de ações com vista a aprofundar o conhecimento e mesmo a investigação sobre quem somos e como somos.

Entre essas ações, merece hoje particular atenção o III Encontro da Cultura Popular do Ribatejo. Também a cultura é como o chão em que se enraíza: constituída de camadas. E não é novidade que o sistema económico instalado não reconhece grande interesse à cultura popular e às suas personagens, salvo como produtos às vezes comercializáveis no âmbito do turismo.

E, no entanto, não há Cultura sem cultura popular, não há povo que viva sem uma cultura que dê forma a essa vida. Assim foi sempre, assim é hoje.

Olhar com interesse e rigor para essa cultura popular é o principal objetivo deste projeto – do Fórum Ribatejo em parceria com a Câmara Municipal da Barquinha. À semelhança das edições anteriores, prevê-se que o Encontro que agora se prepara, apesar da pandemia ainda em curso, venha a reunir um conjunto diverso de pessoas dedicadas justamente à cultura popular do Ribatejo.

Este III Encontro da Cultura Popular do Ribatejo tem como tema a Literatura Oral, nas suas mais diversas formas:

– Lengalengas, provérbios, ditos, adivinhas e pregões

– Contos, estórias, romances, lendas e teatros populares

– Poesia, cantigas e cânticos tradicionais sagrados e profanos

– Orações, ensalmos, enguiços e encomendações

Pelo tema, e à semelhança das edições anteriores, o III Encontro dirige-se a uma pluralidade de interessados pelo Ribatejo e pela nossa cultura. É por isso, fazendo jus ao nome, um bom lugar de Encontro.

Contactos

Mail de registo de candidatura e de presença:     gabriela.rodrigues@cm-vnbarquinha.pt

Telefones de contacto e prestações de esclarecimento: 249720358 // 927410436 // 966765309


domingo, 31 de outubro de 2021

XL Encontro da ALDRABA – Cuba/Vidigueira, Sáb/Dom 27/28 novembro 2021


 








Após a bem sucedida 9ª Rota (Parque Mayer), vimos agora anunciar uma nova atividade presencial da Aldraba, para a qual apelamos à participação de associados, familiares e amigos.

Vamos realizar o nosso quadragésimo Encontro temático, sediado na vila alentejana de Cuba, com uma incursão no concelho vizinho da Vidigueira.

Além da atenção que irá ser dada às riquezas históricas e patrimoniais daquela zona, vamos focar-nos nos característicos vinhos de talha.

O programa que está gizado para o XL Encontro compreende os seguintes momentos:

Dia 27.11.2021 - sábado

10h15 - Concentração em Cuba na Estrada de Circunvalação (junto ao Parque Manuel de Castro)

10h30 – Início da visita a pé, pela vila de Cuba

11h00 - Visita ao Museu Literário Fialho de Almeida • Largo do Tribunal • Monumento Cristóvão Colombo

12h00 - Visita ao Museu Caluta

12h30 - Almoço

14h30 - Passeio a pé • Largo das Bicas • Biblioteca • Sociedade Filarmónica de Cuba - 1º de Dezembro • Centro Cristóvão Colon • Câmara Municipal

16h00 - Visita à Igreja Matriz de Cuba (Igreja de São Vicente)

17h00 - Visita a uma Adega de Vinhos de Talha

Check-in nos alojamentos

20h00 - Jantar

Dia 28.11.2021 - domingo

10h00 - Concentração em Cuba na Estrada de Circunvalação (junto ao Parque Manuel de Castro)

10h30 - Visita às Ruínas de São Cucufate em Vila de Frades

Passagem por Vila Alva

13h00 - Almoço

Visita à Ponte Romana

16h00 - Final do Encontro.

A pernoita dos participantes em Cuba, de 27 para 28 de novembro, poderá ser feita num dos alojamentos da zona, sendo que teremos algumas condições positivas na Hospedaria do Carmo.

É desejável que os interessados em participar se manifestem com antecedência, se possível durante os primeiros 10 dias do mês de novembro, junto do José Alberto Franco (TM 963708481 ou jaffranco@gmail.com) ou do Jorge Graça (TM 963838311 ou manuela.bolinhas@gmail.com)

JAF


segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Como correu a Rota do Parque Mayer

 


Ao voltar às atividades presenciais, e acautelando a maior segurança possível, a Aldraba realizou mais uma rota pela cidade de Lisboa, tendo escolhido desta vez o Parque Mayer. 

Paredes meias com o Palácio Mayer (Prémio Valmor 1902, construído em 1901 por Nicola Bigaglia e pertença de Adolfo de Lima Mayer), e em cujos jardins foi implantado na década de 1920, o Parque Mayer, com os seus quatro teatros: ABC, Capitólio, Maria Vitória e Variedades, com um sem número de restaurantes e tascas, carrosséis, esplanadas, pavilhões, casas de fado, barracas de tiro, box, luta livre e outras diversões, foi um importante espaço de lazer, divertimento e boémia de toda a Lisboa. 

É um espaço emblemático e incontornável quando se trata do teatro de revista à portuguesa, já que pelos seus teatros passaram gerações e gerações de artistas ainda hoje lembrados e venerados, e onde foram levadas à cena representações inesquecíveis da história da cultura nacional. 

Com a perda de popularidade do teatro de revista a partir da década de 1990 e objecto de grandes interesses e controvérsias em matéria de urbanismo, o recinto começou a degradar-se tendo atualmente apenas o Teatro Maria Vitória a funcionar, mercê da persistência do seu empresário, Helder Freire Costa, e de um punhado de artistas amantes daquele género teatral. 

A recuperação do Capitólio já concluída e as obras de reconstrução do Variedades em curso poderão vir a traduzir-se na revitalização de tão significativo espaço público lisboeta. 

A companhia atenciosa e o muito saber do Flávio Gil - actor, poeta, e coautor e encenador da revista agora em cena no Maria Vitória – foram um factor determinante no sucesso da nossa deambulação por aquele espaço de grandes memórias e pela satisfação dos 44 participantes nesta actividade da nossa Associação. 

Satisfação essa que continuou durante o animado almoço no Restaurante Floresta do Salitre, onde não faltou um “cheirinho” de cante alentejano…

MEG (fotos MEG e Mário Sousa)

sexta-feira, 15 de outubro de 2021

9ª Rota da Aldraba - "Pelo Parque Mayer" - Sábado, dia 23 outubro 2021, 11 horas

 

A Associação Aldraba vai voltar, finalmente, às atividades presenciais com os associados e amigos, que tanto tempo estiveram suspensas devido às restrições impostas pela pandemia.

É com o maior gosto que vimos anunciar, e convidar-vos a estarem presentes, numa atividade que chegou a estar agendada em 2020, e que há agora possibilidade de concretizar. 

Trata-se da 9ª Rota da Aldraba em Lisboa, desta vez pelo Parque Mayer (próximo da Av. Liberdade e da Praça da Alegria), no fim da manhã do sábado dia 23 de outubro próximo.

O Parque Mayer foi já (e ainda o é hoje) um espaço absolutamente emblemático do teatro de revista à portuguesa, por onde passaram gerações e gerações de artistas que estão no nosso coração, e onde foram levadas à cena representações inesquecíveis da história da cultura nacional.

ponto de encontro será à saída da estação Avenida do Metro (linha azul), junto à estátua dos heróis da Grande Guerra.

Vamos ser recebidos e acompanhados durante toda a atividade pelo ator, encenador e poeta Flávio Gil, que é o atual responsável pelo trabalho que está em cena no Teatro Variedades. 

Durante a Rota, visitaremos os locais onde existiram os diversos teatros do Parque Mayer, e entraremos para conhecer, com algum detalhe, o Teatro Variedades, estando presentes alguns dos que ali trabalham atualmente.

No final da atividade - para os que puderem e quiserem - teremos um almoço económico (15€) num restaurante popular da zona, onde continuaremos o nosso convívio.

APAREÇAM E TRAGAM OS VOSSOS FAMILIARES E AMIGOS!

Para melhor organização do almoço, é importante que nos comuniquem a vossa intenção de presença, até 5ªfeira, dia 21.10, para o José Alberto Franco (TM 963708481, jaffranco@gmail.com) ou para a Odete Roque (TM 917037007, odetevol@gmail.com).

JAF

quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Em preparação o nº 30 da revista ALDRABA








Encontra-se em fase adiantada de preparação o n.º 30 da revista "Aldraba", que será pontualmente editado no próximo mês de outubro de 2021.

Em pré-publicação, adiantamos já o editorial deste número da revista:


A EDUCAÇÃO E O PATRIMÓNIO

Os bens patrimoniais materiais e imateriais, enquanto testemunhos com valor de civilização ou de cultura, são possuidores, como bem sabemos, de interesse relevante designadamente histórico, arqueológico, arquitectónico, linguístico, documental, artístico, etnográfico, científico, social, industrial ou técnico, e constituem parcelas estruturantes da identidade e da memória colectiva.

Ao reflectirem valores de memória, antiguidade, autenticidade, originalidade, raridade, singularidade ou exemplaridade, devem ser, obrigatoriamente, objecto de especial atenção em matéria de proteção e valorização. Atenção essa nem sempre acautelada!

Nesta matéria, como em tantas outras, as sociedades contemporâneas, em que é manifesto o apelo ao individualismo, defrontam-se igualmente com as vantagens e os inconvenientes resultantes da globalização, enfrentando um conjunto de desafios de que se salientam a relação entre a memória e o conhecimento científico, a tradição e o progresso, a sua gestão e sustentabilidade, e a preservação de identidades locais e regionais.

A facilidade de circulação das pessoas a nível global, o imparável crescimento das cidades e das zonas suburbanas, em contraste com o envelhecimento das populações e o abandono das áreas rurais, são alguns dos aspectos que abalaram conceitos, formas e modelos de abordar as questões que ao património respeitam.

Muito embora instituições nacionais e organizações internacionais, de que a UNESCO é um bom exemplo, produzam cada vez mais documentação em que realçam a importância do património e incentivem a participação de países e regiões a apresentar as suas candidaturas particulares a património da humanidade, de onde não raro resultam benefícios sociais e económicos, duas questões se nos colocam:

- Como poderá o património ser reapropriado ou reinventado pelas diversas comunidades locais em face do processo de globalização actual?

- Como resolver a aparente contradição entre os ideais pós-modernos da inovação, da liberdade individual, da urbanização, da competitividade, do culto pelo novo e pela juventude e a proteção, valorização e transmissão do património?

São múltiplas e diversas as possíveis respostas a estas questões. De difícil concretização, já que fazem apelo a intervenções complexas e multidisciplinares, e a investimentos em recursos nem sempre disponíveis.

Gostaríamos de chamar a atenção para a importância do que poderemos designar como eixo educação – Educação para o Património, seja em contexto educativo escolar, seja igualmente na educação e na formação ao longo da vida. Caminho longo e de resultados demorados, mas que contribuiria decisivamente para modificar as formas como hoje o cidadão encara as questões do património.

Ao contrário de Espanha, que se considera país de referência com o Plano Nacional de Educação e Património e o Observatório da Educação Patrimonial, em Portugal a educação para o património está vagamente prevista nos programas da área de Estudo do Meio e nas disciplinas de História e Geografia de Portugal, sem que haja uma programação de incidência local ou regional e sem que se estimule a relação da escola com a cidade e com o território. As escolas, enquanto espaços de transmissão da herança científica e cultural e de descoberta de caminhos novos, deverão proporcionar tanto educação científica, como educação para o património natural, popular e cultural.

Com que satisfação, durante o XXXIII Encontro da nossa Associação por terras de Loures, realizado em maio de 2017, tomámos contacto com o trabalho notável dos alunos do Curso de Turismo do IPTRANS (Instituto Profissional de Transportes), que tinha como projecto educativo a recuperação da antiga Fonte das Almoinhas e das histórias com ela relacionadas que procuraram conhecer através dos mais velhos!

A frase atribuída a Santo Agostinho “só se ama aquilo que se conhece”, faz aqui todo o sentido!

Maria Eugénia Gomes

 

terça-feira, 28 de setembro de 2021

O acervo documental da Aldraba (22): Artes e espetáculos


 







As diferentes disciplinas artísticas e os espetáculos em geral permitem aos indivíduos e às comunidades manifestar a sua criatividade, cultivar a beleza, sonhar com realidades mais avançadas, protestar contra os quotidianos opressivos.

Vimos aqui hoje recordar os artigos publicados até agora pela revista "Aldraba" acerca destes temas.

Tal como nos anteriores post's da série do nosso acervo documental, convidam-se todos os interessados em aceder a alguns destes artigos a que se manifestem através do endereço aldraba@gmail.com, garantindo nós o envio eletrónico de reprodução dos textos em causa. É igualmente possível, para quem o solicitar pela mesma via, combinar-se o envio postal do ou dos números da revista em que foram publicados os referidos artigos.

 

ARTES E ESPETÁCULOS

Ana Capucha e Luís Filipe Maçarico, “Ildefonso Valério: O dramaturgo popular que semeava futuro”, n.º 15 (Abr.2014), p.16

Ana Isabel Veiga, “Viva quem canta”, n.º 27 (Abr.2020), p.21

Fátima Castro, “A Bela-Adormecida em sono profundo!”, n.º 27 (Abr.2020), p.6

Jaime Gralheiro, “Teatro popular nas Beiras”, n.º 15 (Abr.2014), p.21

José Nelson Cordeniz, “Apontamentos sobre o teatro carnavalesco na ilha Terceira”, n.º 21 (Abr.2017), p.19

Luís Filipe Maçarico e Maria Odete Roque, “Entrevista a Henrique Espírito Santo”, n.º 23 (Abr.2018), p.18

Luís Filipe Maçarico, “‘Raiva’, um património imperdível”, n.º 24 (Out.2018), verso da contracapa

Luís Filipe Maçarico, Romeu Correia: o escritor de teatro que espelhava a vida em páginas inspiradas pelo povo de Almada”, n.º 19 (Abr.2016), p.19

Manuel Mamede Pereira, “O ‘Faz-Tudo’, n.º 14 (Out.2013), p.23

 

JAF


quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Uma utopia com 50 anos









     Em 9 de setembro de 1971, John Lennon editava em disco o seguinte “manifesto”:


IMAGINE

Imagine there's no heaven

It's easy if you try

No hell below us

Above us only sky

Imagine all the people

Living for today


Imagine there's no countries

It isn't hard to do

Nothing to kill or die for

And no religion too

Imagine all the people

Living life in peace


You may say,

I'm a dreamer

But I'm not the only one

I hope someday

You'll join us

And the world will be as one


Imagine no possessions

I wonder if you can

No need for greed or hunger

A brotherhood of man

Imagine all the people

Sharing all the world


You may say,

I'm a dreamer

But I'm not the only one

I hope someday

You'll join us

And the world will live as one

 


Possível tradução portuguesa (redutora, como todas as traduções…):


IMAGINA

Imagina que não existe paraíso

É fácil se tentares

Nem um inferno abaixo de nós

Acima de nós, só o céu

Imagina toda a gente

A viver apenas o presente

 

Imagina que não há países

Não é difícil imaginar

Que não há motivos para matar ou morrer

E nem religiões, também

Imagina toda a gente

A viver a vida em paz

 

Podes dizer

Que sou um sonhador

Mas olha que não sou o único

Espero que um dia

Te juntes a nós

E o mundo será como um só

 

Imagina que não há propriedade

Pergunto-me se consegues

Sem precisar de ganância ou fome

Uma fraternidade dos homens

Imagina toda a gente

A partilhar todo o mundo

 

Podes dizer

Que sou um sonhador

Mas olha que não sou o único

Espero que um dia

Te juntes a nós

E o mundo viverá como um só

 

JAF