segunda-feira, 27 de outubro de 2025

Interessante 14.ª visita a espaços de interesse para o património - Exposição "Desconstruir o colonialismo..."




A exposição "Desconstruir o colonialismo / Descolonizar o imaginário", que está patente no Museu Nacional de Etnologia até à Páscoa de 2026 (período que foi recentemente ampliado em função da enorme afluência de visitantes), teve na manhã deste domingo 26 de outubro de 2025 a visita de 20 associados e amigos da Aldraba.

Do princípio ao fim das intensas duas horas em que percorremos a exposição, fomos guiados pela nossa amiga, comissária daquela mostra, Dr.ª Isabel Castro Henriques, com um conhecimento, um carinho e uma capacidade de comunicação inexcedíveis.

Tivemos pois o privilégio de um primeiro contacto com o riquíssimo acervo de textos, gravuras e objetos que ilustram o tema, mas o conteúdo dos placares e vitrines recomenda uma visita posterior mais demorada e minuciosa.

Dado que diversos associados e amigos que manifestaram interesse em participar na iniciativa iriam ultrapassar largamente a dimensão recomendada dos grupos de visitantes, está já apalavrada uma segunda edição da visita para o domingo 16 de novembro pf., também pelas 11h30. Apareçam!

Após esta visita, boa parte dos participantes tiveram ainda a oportunidade de confraternização proporcionada por um belo almoço no David da Buraca.

JAF

segunda-feira, 20 de outubro de 2025

Sou barco

 









Sou barco

Sou barco abandonado
Na praia ao pé do mar
E os pensamentos são
Meninos a brincar

Ei-lo que salta bravo
E a onda verde-escura
Desfaz-se em trigo
De raiva e amargura

Ouço o fragor da vaga
Sempre a bater no fundo
Escrevo, leio, penso
Passeio neste mundo
De seis passos
E o mar a bater ao fundo

Agora é todo azul
Com barras de cinzento
E logo é verde, verde
Seu brando chamamento

Ó mar, venha a onde forte
Por cima do areal
E os barcos abandonados
Voltarão a Portugal

António Borges Coelho, 
Forte de Peniche, 1962

sábado, 11 de outubro de 2025

Nomes de localidades em azulejos (cont.44)





















Há cerca de um ano que a Aldraba e os seus amigos não encontram novas placas de identificação de localidades que o Automóvel Club de Portugal mandou colocar, à entrada das povoações, a partir da década de 1920.

Resolvemos então revisitar o blogue "Diário de Bordo", animado por Maria Teresa Oliveira e com o endereço mtfoliveira@blogspot.com, de onde no passado reproduzimos (com a devida vénia) muitas fotografias de placas ACP que essa militante do património e amigos seus foram recolhendo.

Dessa origem, que voltamos hoje a saudar, republicamos 7 placas toponímicas, de 5 localidades diferentes, e registamos que lá figuram muitas outras placas de locais já assinalados por nós.

Os casos agora divulgados são os seguintes:
- duas placas diferentes da povoação de Calçadinha, sita em São Brás e São Lourenço, no concelho de Elvas (distrito de Évora);
- uma placa da povoação e concelho de Mora (distrito de Évora);
- uma placa da Parede, no concelho de Cascais (distrito de Lisboa);
- uma placa de Pavia, no concelho de Mora (distrito de Évora);
- duas placas diferentes da cidade e concelho de Viseu (distrito de Viseu).

Com a divulgação destas placas, passamos a averbar um total de 183 placas toponímicas publicitadas, de 163 localidades diferentes, situadas em 85 concelhos do país e na totalidade dos 18 distritos do continente.

JAF  

segunda-feira, 6 de outubro de 2025

Visita à exposição "“Desconstruir o Colonialismo, Descolonizar o Imaginário. O Colonialismo em África: Mitos e Realidades” (Museu de Etnologia), 26.10.2025, domingo, 11h30

Na manhã do domingo, dia 26 de outubro próximo, pelas 11.30 horas, levamos a efeito uma nova visita a espaços de interesse para o património (14.ª atividade desta série).

Desta vez, iremos visitar a exposição “Desconstruir o Colonialismo, Descolonizar o Imaginário. O Colonialismo em África: Mitos e Realidades”, que tem estado em exibição no Museu Nacional de Etnologia, em Lisboa (Restelo).

A exposição, organizada pelo Centro de Estudos Sobre África e Desenvolvimento (CESA/ISEG-Universidade de Lisboa) e pelo Museu Nacional de Etnologia, é comissariada por Isabel Castro Henriques e realiza-se no âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril.

Esta mostra visa apresentar as linhas de força do colonialismo português em África nos séculos XIX e XX e tem como objetivos desconstruir os mitos criados pela ideologia colonial, descolonizar os imaginários portugueses e contribuir, de forma pedagógica e acessível, para uma renovação do conhecimento sobre a questão colonial portuguesa.

Organiza-se em torno de textos e imagens que procuram explicar historicamente o fenómeno colonial.

Apresenta também uma seleção de objetos de arte africana do Museu Nacional de Etnologia, que evidenciam a força política e criativa das culturas africanas e contradizem as narrativas depreciativas europeias relativas à África, assim como obras de arte africana contemporânea dos artistas Lívio de Morais, Hilaire Balu Kuyangiko e Mónica de Miranda.

Os associados e amigos que desejem participar na visita devem comunicá-lo previamente ao Nuno Roque da Silveira (telemóvel 96 291 60 05 ou   nunoroquesilveira@gmail.com) ou para o nosso email (aldrabaassociacao@gmail.com).
 
O Museu Nacional de Etnologia fica na Av. Ilha da Madeira, um pouco acima do Estádio do Restelo, e é bem servido de transportes públicos (CP e Carris).

Para depois da visita, e para quem o desejar, iremos ter reservado um restaurante onde poderemos almoçar juntos.

JAF