Nesta 7ª Rota propomo-nos conhecer o poeta e pedagogo João de Deus e a sua obra, através de uma visita ao Museu e à Casa onde habitou e conhecer o Jardim da Estrela com a sua história e as suas muitas histórias.
João de Deus de Nogueira Ramos (São Bartolomeu de Messines,
8 de Março de 1830 — Lisboa, 11 de Janeiro de 1896), mais conhecido por João de
Deus, foi um eminente poeta lírico e pedagogo, considerado à época o primeiro
do seu tempo, e o proponente de um método de ensino da leitura, assente numa
Cartilha Maternal por ele escrita, que teve grande aceitação popular, sendo
ainda utilizado. Gozou de extraordinária popularidade, foi quase um culto,
sendo ainda em vida objecto das mais variadas homenagens. Foi considerado o
poeta do amor e encontra-se sepultado no Panteão Nacional da Igreja de Santa
Engrácia, em Lisboa.
O Museu João de Deus tem cariz bibliográfico, pedagógico
e artístico. Foi solenemente inaugurado em 12 de Janeiro de 1917. Após a Implantação
da República, um grupo de Republicanos abordou o filho do poeta João de Deus -
João de Deus Ramos - para concretizar um projecto para a expansão dos seus
ideais. Contaram com a ajuda de Afonso Lopes Vieira, que levou à imprensa a
ideia de construção do Museu João de Deus, com dois objectivos: o de ser um
monumento ao poeta e também uma biblioteca de apoio à cultura portuguesa. Da
autoria do arquitecto Raul Lino, conta com pinturas de Leal da Câmara. Os
edifícios do Jardim-Escola e Museu João de Deus estão classificados desde 2012
como Monumentos de Interesse Público.
Em complemento destas visitas, iremos percorrer o Jardim da
Estrela para conhecer a sua história e as suas muitas histórias.
O Jardim da Estrela, mais tarde renomeado Jardim Guerra
Junqueiro, foi criado em meados do século XIX, em frente à Basílica da Estrela,
em Lisboa, nuns terrenos de António José Rodrigues, sendo a iniciativa da sua
construção devido a António Bernardo da Costa Cabral, com o apoio de D. Maria
II, Manuel José de Oliveira e a um donativo de quatro contos de um português do
Brasil, Joaquim Manuel Monteiro. Na segunda metade do século XIX, o Passeio da
Estrela esteve na moda e na altura possuía elementos que já não existem, como
estufas, quiosques e um pavilhão chinês. Nos anos 70 do século XIX, existia um
leão na sua jaula que havia sido doado por Paiva Raposo, vulgarmente conhecido
por Leão da Estrela, que estava instalada num pavilhão próximo da entrada da
Avenida Pedro Álvares Cabral.
Dado que os motivos
de interesse são muitos, o início desta actividade será às 9h30m no Museu (Av.
Pedro Álvares Cabral, 69, em Lisboa, frente ao Liceu Pedro Nunes).
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