segunda-feira, 19 de maio de 2014

Celeste, a mulher dos cravos de abril de 1974

A história simples da D. Celeste Caeiro foi tema de contracapa do nº 15 da revista ALDRABA, atualmente em distribuição e cuja sessão de lançamento teve lugar na Sociedade Filarmónica União e Capricho Olivalense, no passado dia 10 de maio.

A fotografia da Celeste foi ainda, com muita satisfação nossa, a gravura da capa deste número da revista.

No verso da contracapa, publicámos também um poema da poetisa Rosa Dias, nossa associada e amiga da Celeste Caeiro, que aqui reproduzimos:


Celeste, mulher dos cravos de Abril


Tu, mulher de palmo e meio, de voz doce e olhar brilhante

Falas hoje, sem receio, dum Abril muito importante

Foste o vaso, foste a terra, onde o craveiro aflorou

E assim floriste, a guerra, a guerra que não sangrou.



Com um molho de cravos na mão, andaste na baixa à toa

Sem saberes da revolução, que se passava em Lisboa

À rua do Carmo chegaste, viste soldados armados

Mas tu, não te atrapalhaste

Deste cravos, brancos e encarnados.



Deste, um cravo de mão em mão, dum laço que se soltou

E o tropa, com emoção, na espingarda o colocou

Com este gesto, mulher, trouxeste ao país glória

Não és uma mulher qualquer

Nem qualquer entra p’rá história.



És somente portuguesa,

uma mulher entre tantas mil

Mas, só tu és, com certeza!

Mulher dos cravos de Abril.



Rosa Guerreiro Dias

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