sexta-feira, 29 de maio de 2020

Feiras, a do livro, do Relógio, da Ladra ou das Galinheiras – a tradição que se mantém









































A Feira do Livro de Lisboa está de volta ao Parque Eduardo VI. A sua 90ª edição vai realizar-se de 27 de Agosto a 13 de Setembro, segundo notícia hoje divulgada pela Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL).

“A Feira do Livro de Lisboa será o mais próximo daquilo que sempre foi, as adaptações que fizermos serão aquelas que sejam necessárias para cumprir as exigências que a pandemia impuser e as normas que vierem a ser definidas pela Direcção-Geral de Saúde. Sendo que aquelas que se conhecem no momento são perfeitamente integráveis na dinâmica da feira”, acrescenta Bruno Pires Pacheco.

A Câmara Municipal de Lisboa está já a testar novas soluções nas feiras que já abriram, como a do Relógio, a da Ladra e a das Galinheiras, e essas soluções poderão vir a ser aplicadas também no espaço público do Parque Eduardo VI.

Vale a pena saber um pouco das suas histórias:

Feira da Ladra de Lisboa (1252)

Feira do Livro de Lisboa (1931)

Feira das Galinheiras (há mais de quatro décadas)

Feira do Relógio (há mais de três décadas)

MEG, fotografias da internet

quinta-feira, 28 de maio de 2020

COVID 19 - Definidas as regras para utilização de espaços culturais














Mesmo com regras de funcionamento apertadas e exigentes, depois de os museus teram aberto as suas portas em 18 de Maio, é agora a vez dos demais espaços culturais se prepararem para no dia 1 de Junho receberem de novo o seu público!

A Direção-Geral da Saúde (DGS) publicou hoje orientações destinadas à utilização dos equipamentos culturais, com o objetivo de prevenir a transmissão da covid-19 e identificar os procedimentos a adotar perante um caso suspeito.

O documento define um conjunto de medidas a adotar antes da abertura dos equipamentos culturais, nomeadamente, a necessidade de um Plano de Contingência com a definição de uma área de isolamento e dos circuitos para chegar e sair da mesma, bem como os procedimentos a adotar perante um caso suspeito.

Aos colaboradores é pedido que tenham conhecimento, formação e treino para reconhecer sinais e sintomas compatíveis com a covid-19 e adotar as medidas de prevenção e controlo da transmissão da doença.

Entre as medidas gerais, continuam a ser recomendadas normas de distanciamento físico de dois metros entre as pessoas, a criação de circuitos próprios e separados nas entradas e saídas e o uso de máscara em espaços fechados, com exceção dos membros dos corpos artísticos em atuação.

O documento que define as medidas específicas a adotar em salas de espetáculos, de exibição de filmes e similares; livrarias, arquivos e bibliotecas; museus, palácios e monumentos e na programação ao ar livre, pode ser consultado na íntegra em:

MEG, com fotografia da Executive Digest

domingo, 17 de maio de 2020

A leiteira























O blogue da Aldraba tem vindo a registar e a documentar muitos ofícios tradicionais, cuja memória é fundamental para a identidade de todos nós.

Hoje, mais do que um texto descritivo, recorremos a uma imagem (que fala mais do que mil palavras…).
Reproduzimos um belíssimo quadro, da autoria do pintor flamengo Johannes Vermeer, que o pintou à volta de 1658, e que se encontra atualmente no Rijksmuseum, em Amsterdão.
Neste quadro, Vermeer retrata um instante do quotidiano de trabalho de uma empregada de cozinha, absorta na sua tarefa. A intimidade da rotina é revelada pela tranquilidade com que a ação acontece.
A mulher é uma figura serena, segurando delicadamente uma jarra com leite. Encontra-se no seu mundo, num interior quase nu, com a presença de alguns objetos simples.
A cena é silenciosamente iluminada. A luz chega pela janela e banha todo o ambiente, estendendo um brilho ao conjunto. O tratamento de luz e sombra também revela a grande perícia de Vermeer. A luz que cai sobre a leiteira destaca os seus antebraços pálidos e dirige o nosso olhar para o leite que escorre.
No canto inferior da parede estão representados um escalda-pés e azulejos, um deles mostrando Cupido, deus do amor. De acordo com o historiador de arte Harry Rand, a pintura sugere que a mulher está a fazer pudim de pão, o que explicaria o leite e os pedaços de pão sobre a mesa. A mesa, os pães, os objetos em cerâmica e a mulher compõem um conjunto harmónico, nas cores e nas formas.

JAF (texto adaptado de http://estoriasdahistoria12.blogspot.com)

terça-feira, 5 de maio de 2020

Dia Mundial da Língua Portuguesa


















Pela primeira vez na história, a UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, assinala no dia de hoje, 5 de maio de 2020, o Dia Mundial da Língua Portuguesa.

Há já 11 anos que esta data, 5 de maio, era considerada como o Dia da Língua e da Cultura Portuguesa pela CPLP - Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

Destaquemos ainda que a UNESCO decidiu esta honra, pela primeira vez, relativamente a uma língua que não é nenhuma das suas 6 línguas oficiais (o inglês, o mandarim, o espanhol, o francês, o russo e o árabe), ainda que o português seja a 5ª língua mais falada do mundo.

A nossa língua é hoje falada por mais de 260 milhões de pessoas nos cinco continentes, ou seja, 3,7% da população mundial, sendo língua oficial de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, e ainda de Macau e de Goa, bem como língua de trabalho ou oficial de organizações internacionais como a União Europeia, a União Africana e o Mercosul.

Como já aqui escrevemos por duas ocasiões, "a língua portuguesa é passado e é futuro; é história. É poesia e discurso, sussurro e murmúrios, segredos, gritaria, declamação, conversa, bate-papo, discussão e debate, palestra, comércio, conto e romance, imagem, filosofia, ensaio, ciência, oração, música e canção, até silêncio. É um abraço. É raiz e é caminho. É horizonte, passado e destino"(reprodução de um manifesto de inteletuais portugueses em 2014).

Mas também dissémos, e hoje relembramos:
“Descaracterizamos os locais, desvalorizamos o que somos e abdicamos das nossas palavras. Esvaziamo-nos de nós e da nossa própria identidade. O reconhecimento do dia da língua portuguesa pela UNESCO é sem dúvida muito valioso, mas a afirmação da nossa língua depende, essencialmente, de nós. É preciso não termos medo das palavras. Devemos persistir, sempre, na recusa em deixar desmoronar a casa onde a gente mora” (editorial do nº 26 da revista ALDRABA, outubro de 2019).

JAF


sexta-feira, 1 de maio de 2020

As Maias













Tradição primaveril de celebração da natureza ou da fertilidade, cujas origens se perdem no tempo. Se para uns a tradição vem do nome do mês de Maio, que recebeu o nome do deus Maius, deus da Primavera e do crescimento, para outros teria sido em honra de Maia, deusa romana da fertilidade, ou até mesmo de Flora, a deusa das flores e da juventude, cujas festas iniciavam o novo ano agrícola e atingiam, na Roma antiga, o seu auge nos três primeiros dias de Maio.

Presente em várias regiões do país e um pouco por toda a Europa, a tradição revela aspetos diferentes em cada uma, mas um denominador comum: as Maias floridas.

O ritual das Maias acontece na noite de 30 de abril para 1 de maio quando a natureza acorda para a juventude e manda a tradição que se enfeitem portas, janelas e outros locais com flores e giestas amarelas ou com bonecas de palha enfeitadas de flores, sempre com o propósito de espantar o mal e convocar o bem, a saúde e a fartura. 

Em algumas terras, havia a tradição da “coroa das maias”, elaborada em papel com fitas de cores e que os rapazes colocavam à porta das suas pretendidas como manifestação do seu amor.

Para além das tradições e para muitos de nós, Maio é um mês de festa e de luta já que no seu primeiro dia se proclamou o Dia Internacional dos Trabalhadores que pudemos celebrar em plenitude a partir de 1974. 

Festa pelas muitas conquistas alcançadas e luta por cada vez mais dignidade para o mundo do trabalho e para todos os trabalhadores!

MEG