sábado, 2 de abril de 2005

Missão cumprida


E comprida também. Quase pensava que nunca mais chegávamos ao fim. Mas conseguimos acabar tudo a tempo e horas e a exposição foi inaugurada ontem ao final da tarde, com direito a presença de uma estação televisiva e tudo!

Duvidosa esta presença, devo dizê-lo, pois que o programa em que a reportagem será integrada é do piorio… Mas como não fomos nós quem os chamou lá, até deu o direito de dizer o que se pensa da qualidade do dito, e sem papas na língua! Enfim, aguardemos serenamente.

Foram semanas, especialmente esta última, de trabalho árduo, febril. Às voltas entre “k-lines”, um suporte tão frágil que não perdoa o mínimo engano ou toque descuidado, trabalho de “photoshop” que dominamos de forma apenas sofrível, legendagens “gatadas” que tinham que ser impressas de novo, colas, réguas, tesouras, “x-actos”, mas onde pára o título deste painel?, segura daí, que eu colo daqui, não gosto de ver assim, vamos mudar, ficou mal alinhado, descola e cola de novo…

Tardes inteirinhas às voltas com tudo isto, um cafezito pelo meio para aliviar os cansaços, regresso ao mesmo, e até amanhã à mesma hora.

Ontem, ainda a montagem dos materiais nas paredes, a disposição das vitrines, o galo do catavento de Évora fica mesmo bem entre as telhas velhas, o volume do som, ligar os computadores, faltam cabos, faltam extensões, espera que vou buscar, compra-se ali na esquina, o quadro da Guika com o espaço já reservado fica mesmo bem, outra tela da Isabel Aldinhas, onde vamos pôr?, aqui fica bem, mas como se pendura?, melhor mudar a posição das vitrines, pega daí que eu seguro daqui, dispor as cadeiras para quem prefira ouvir sentado, arrumar tudo o que já não fazia falta, lixo para o lixo.

Pelas cinco da tarde, rever os textos escritos para as intervenções, outros falaram, e bem, de improviso. Às seis uns minutos de merecido intervalo para descontrair. O Fernando F. foi fazendo umas fotos enquanto o espaço não se enchia, o outro Fernando dava os últimos toques nos computadores.

Pelas sete da tarde, um porto de honra para começar e aconchegar estômagos e mentes, sala a encher-se, entre cinquenta e sessenta pessoas foram apreciar o resultado de toda esta lufa-lufa. Ficaram agradadas, como o testemunha o livro de visitas, atestado que dissipou de vez algumas reticências.

Correu tudo muitíssimo bem, a directora do Museu dizia que há muito tempo que não via por lá tanta gente duma assentada, e pelas nove da noite debandámos finalmente para uma merecida confraternização, que durou até ás tantas! A seguir, merecido repouso destes pacíficos “guerreiros”.

E o meu regresso em paz e sossego ás lides blogueiras, com um recado: passem por lá que vale a pena.

De “VEMOS, OUVIMOS E LEMOS”
publicado por Guida Alves às 5:09 PM 3 opiniões

COMENTÁRIOS
JRD disse... Olá,Até eu fiquei cansado... e limitei-me a ler o texto (muito bem conseguido).Fiquei com a curiosidade aguçada, mas não me é possivel ir à exposição. Talvez numa próxima oportunidade.
Sáb Abr 02, 07:50:00 PM
Guida Alves disse... Pois, JRD, o horário daquela Biblioteca_Museu não é para quem trabalha...
Sáb Abr 02, 09:50:00 PM
JRD disse... Quem trabalha Guida? Até me fez esquecer que era um reformado (palavra terrível) prematuro...
Dom Abr 03, 12:25:00 AM

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