Na passada 6ª feira, 12 de Outubro, fomos conhecer duas colectividades do Bairro da Graça, em Lisboa - o Maria Pia Sport Clube e o Grupo Os Cinco Réis. Pela mão do Augusto Teixeira e do Jorge Baleizão, membros das suas direcções, soubemos como vivem, quais as suas preocupações, que caminhos vão trilhando e que respostas dão hoje à comunidade em que se inserem.
Uma palavra especial para salientar a vivacidade da Lina e a sua massada de peixe! Com alegria e uma enorme sabedoria, esta nazarena lá nos foi mostrando como se dá a volta às voltas que a vida nos dá!
De cariz diferente, a primeira com uma aposta forte no desporto para as camadas juvenis da população e a segunda mais virada para as questões recreativas e culturais, ainda hoje desenvolvem papel importante na vida do Bairro.
“Há muitos anos que os ex-alunos do Asilo Maria Pia vinham idealizando a organização de uma colectividade que, depois da saída do aluno do Asilo, fosse uma casa sua onde, pelo convívio dos seus condiscípulos de ontem, formasse um laço bem apertado da sua união, para na luta pela vida sentir-se acompanhado por alguém que o amparasse e guiasse nos seus primeiros passos.” (Boletim do Asilo Maria Pia Sport Clube, de 1-12-1923, a propósito da comemoração do primeiro ano da sua existência).
Com o passar dos tempos mudaram as pessoas e os contextos, a vida já não é igual no Bairro da Graça. No entanto, o espírito então enunciado manteve-se. Conforme nos afirmou cheio de orgulho o amigo Augusto Teixeira, os que passaram pelo Maria Pia Sport Clube quando meninos voltam sempre, seja para treinar os mais novos – foram grandes os sucessos do clube no basquetebol, seja para lhes proporcionar ensino gratuito quando o insucesso escolar anda por perto.
Criado em 1907, o Grupo dos Cinco Réis escolheu para o seu nome a designação da moeda mais pequena que então existia e que era, ao mesmo tempo, aquilo que cada sócio pagava de quota. Nos seus estatutos pode ler-se “tem por fim promover e desenvolver actividades de carácter recreativo, desportivo e cultural e a formação social e cívica dos seus sócios…de acordo com os direitos dos cidadãos, com vista ao desenvolvimento harmonioso da sua personalidade.”
Bem hajam amigos pelo calor com que nos receberam, pelo sentido cívico e sacrifício da vida pessoal com que levam este trabalho por diante!
MEG (fotografias de LFM e MEG)
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