segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Novos olhares sobre o Encontro da Arruda







Ainda a propósito do Encontro de Arruda, divulgamos outros olhares sobre o que vimos e vivemos no passado dia 13 naquela simpática e acolhedora terra – um texto enviado pelo João Henriques Coelho, a que se vieram juntar as fotografias da Margarida Parreira Alves:

“Intitulado “O Imaginário em Terras de Al’Ruta”, ocorreu em 13 de Novembro, na vila de Arruda dos Vinhos, o XVII Encontro da Aldraba, contando com a participação de mais de 30 associados e amigos.

Junto do belo chafariz pombalino, fomos recebidos pelo técnico da autarquia local, Dr. Paulo Câmara, que nos fez uma síntese das realidades do concelho e do seu património, em especial daquele que seria alvo da nossa visita: a vetusta Igreja Matriz, uma simbiose perfeita de vários estilos, do românico ao manuelino, e com um belo conjunto de azulejaria do séc. XVIII; o núcleo histórico da vila, repleto e rico de vestígios de um passado secular, onde, singularmente, emergem as de um antigo castelo; o Complexo do Morgado, antigo palacete, bem requalificado, para albergar várias centralidades culturais, sendo de realçar a Galeria e a sua exemplar Biblioteca, onde os tectos, em berço, mantêm conservados belos frescos.

Ainda pela manhã, estivemos na Escola Gustave Eiffel, onde assistimos a uma intervenção do jovem aluno Samuel sobre a Bruxa da Arruda que, afinal, teria sido uma mera curandeira, em face dos episódios relatados e que, quase todos, emergem do imaginário popular e da transmissão de boca em boca. Um tema interessante a merecer uma reflexão no propósito de se fazer uma certa luz sobre estes fenómenos populares, tão mais frequentes e comuns quando e onde o empirismo e o medo do desconhecido se impõem ao conhecimento científico.

Depois de um belo almoço, num restaurante local, visitámos a Cooperativa Vinícola, visita que nos proporcionou alguns conhecimentos sobre a cadeia alimentar do vinho: fabrico, armazenamento, manutenção e comercialização.

O Encontro veio a terminar, já noitinha, na sede do Rancho Folclórico Podas e Vindimas, com uma visita às suas maravilhosas instalações, a que se seguiu uma sessão prenhe de estórias de vida e de poesia pelo poeta popular arrudense João Silva. Nos nossos ouvidos perdura ainda a beleza e a sonoridade dos poemas sobre o Varredor e o Ribatejo.

JHC”

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