Editorial do nº 25 da revista ALDRABA, atualmente no prelo:
Aniversário dos 45 anos da
Revolução dos Cravos!
Aniversário, o 14º, da Aldraba –
Associação do Espaço e Património Popular.
Nos catorze anos deste caminho
percorrido, os objectivos iniciais aquando da fundação da nossa associação
foram sendo concretizados nas actividades e visitas temáticas, na recolha de
memórias e saberes (que se materializam na publicação das nossas revistas), no
alerta para situações que infelizmente encontramos de abandono e incúria no
património que urge preservar.
Amamos e respeitamos o que é
pertença do nosso povo. É esse o legado que recebemos e é esse o sonho que
queremos ver realizado nesta partilha de saberes e opiniões.
Nestas “andanças” a que
dedicadamente nos propusemos e que queremos continuar, procuramos evitar o
esquecimento e o abandono, trazendo para a reflexão colectiva questões tão
importantes quão diferentes, como sejam os moinhos ou os lagares, os cataventos
ou os bombos, os cantares ou as lengalengas ancestrais, por exemplo.
Neste espaço que pretendemos de
análise de experiências e opiniões, bem como de preocupações, alertamos para a
degradação da Tapada das Necessidades, em Lisboa. Importante património florestal,
histórico e cultural que é urgente preservar e requalificar.
O jardim romântico e a estufa
circular, a estatuária e a casa do fresco, o moinho de vento e o antigo jardim
zoológico do rei D. Pedro V, o troço do Aqueduto das Águas Livres, bem como os
muros que circundam os 9 hectares da Tapada, necessitam de intervenção adequada.
A bonita estufa circular, há anos repleta de variadas espécies de plantas, hoje
está vazia, despida do seu valioso conteúdo. Merece voltar a ter vida!
A Tapada das Necessidades era um
espaço fechado, não estava aberto ao público. Foi o poder local democrático e a
acção de muitos cidadãos que libertaram a Tapada dos seus muros e que hoje é
visitada por todos que a queiram usufruir!
Sendo interventivos, vamos
continuar a dar mais força ao projecto da Aldraba, valorizando o que de bom tem
sido feito, mas não deixando de denunciar a insensibilidade ou mesmo
negligência que tem havido por parte dos diversos poderes para com a
preservação do património.
É dever cultural, é direito de
cidadania.
É viver e comemorar Abril!
Maria Odete Roque
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