A Aldraba visitou, neste início de Primavera, o património de Odivelas, contactando com os seus artesãos, degustando a gastronomia de uma tasquinha e auscultando a vida associativa.
Com o frio a voltar, mas um sol de partilha nos gestos, assim começámos por espreitar uma exposição magnífica que reconstitui, como um puzzle, aspectos do quotidiano do tempo de D. Dinis, em especial a preparação militar, com réplicas minuciosas de armamentos, e pedaços de artefactos reais, escavados em campanhas arqueológicas.
A poesia do rei Lavrador e outros aspectos relacionados com este actor da nossa História, integram o interesse da mostra, realizada com os recursos actuais da autarquia no Centro de Exposições, onde fomos recebidos e acompanhados pelo antropólogo Miguel Ferreira e pela sua colega Ana.
Estes nossos dois amigos encaminharam-nos depois até aos preciosos estabelecimentos onde ainda trabalham alguns artesãos de Odivelas.
Um dos grandes momentos do Encontro foi a visita ao sr. José Gonzalez Garrido, amolador galego, radicado em Odivelas há décadas. As suas estórias são deliciosas, e a arte do amolador é para todos um poema com sabor de infância...
Na farmácia Joleni, acompanhámos a cuidadosa manipulação de diversas substâncias pelo sr. Miguel Silva, assistindo ao nascimento de uma pomada cicatrizante à base de óxido de zinco.
Visitámos depois o sr. Manuel Resende e o sr. Jaime Coutinho, que foram os alfaiates de Odivelas que, designadamente, fizeram com muito carinho o guarda-roupa da série televisiva "Conta-me como foi..."
Ao longo do casco histórico que percorremos, tivemos ocasião de visualizar a “pequena Alfama de Odivelas” (tal como Alfama tem o Beco da Cardosa, aqui é a Travessa das Cardosas...), e até um mural graffitado que faz lembrar os desenhos da prisão de Álvaro Cunhal!
Após o almoço na tasquinha dos Caracóis, ouvimos três dirigentes da direcção da Sociedade Musical Odivelense, maioritariamente composta por mulheres, entre as quais a presidente.
Foi um dia memorável, pelo que se conheceu e saboreou.
E nunca é demais repetir: O melhor património são estas pessoas, que continuam a produzir um saber-fazer identitário, que nos enriquece.
Em Odivelas usufruímos da sabedoria de um punhado de pessoas vivas, que as televisões ignoram. Porém, é com eles, a começar pelo Miguel Ferreira, que se vivenciam dias à escala humana.
A todos os que asseguram o melhor de ser português, em Odivelas, e nos mais diversos lugares do território nacional, um grande bem hajam!
Com o frio a voltar, mas um sol de partilha nos gestos, assim começámos por espreitar uma exposição magnífica que reconstitui, como um puzzle, aspectos do quotidiano do tempo de D. Dinis, em especial a preparação militar, com réplicas minuciosas de armamentos, e pedaços de artefactos reais, escavados em campanhas arqueológicas.
A poesia do rei Lavrador e outros aspectos relacionados com este actor da nossa História, integram o interesse da mostra, realizada com os recursos actuais da autarquia no Centro de Exposições, onde fomos recebidos e acompanhados pelo antropólogo Miguel Ferreira e pela sua colega Ana.
Estes nossos dois amigos encaminharam-nos depois até aos preciosos estabelecimentos onde ainda trabalham alguns artesãos de Odivelas.
Um dos grandes momentos do Encontro foi a visita ao sr. José Gonzalez Garrido, amolador galego, radicado em Odivelas há décadas. As suas estórias são deliciosas, e a arte do amolador é para todos um poema com sabor de infância...
Na farmácia Joleni, acompanhámos a cuidadosa manipulação de diversas substâncias pelo sr. Miguel Silva, assistindo ao nascimento de uma pomada cicatrizante à base de óxido de zinco.
Visitámos depois o sr. Manuel Resende e o sr. Jaime Coutinho, que foram os alfaiates de Odivelas que, designadamente, fizeram com muito carinho o guarda-roupa da série televisiva "Conta-me como foi..."
Ao longo do casco histórico que percorremos, tivemos ocasião de visualizar a “pequena Alfama de Odivelas” (tal como Alfama tem o Beco da Cardosa, aqui é a Travessa das Cardosas...), e até um mural graffitado que faz lembrar os desenhos da prisão de Álvaro Cunhal!
Após o almoço na tasquinha dos Caracóis, ouvimos três dirigentes da direcção da Sociedade Musical Odivelense, maioritariamente composta por mulheres, entre as quais a presidente.
Foi um dia memorável, pelo que se conheceu e saboreou.
E nunca é demais repetir: O melhor património são estas pessoas, que continuam a produzir um saber-fazer identitário, que nos enriquece.
Em Odivelas usufruímos da sabedoria de um punhado de pessoas vivas, que as televisões ignoram. Porém, é com eles, a começar pelo Miguel Ferreira, que se vivenciam dias à escala humana.
A todos os que asseguram o melhor de ser português, em Odivelas, e nos mais diversos lugares do território nacional, um grande bem hajam!
LFM (texto adaptado e fotos)
Obrigado pela adaptação. É uma honra poder colaborar com o blogue da Aldraba, actualmente. Abraço.
ResponderEliminarTive muita, muita pena de não poder estar presente mas a escolha era difícil: entre esta visita e a comemoração do Dia do Estudante. Que também faz parte do nosso património nacional!
ResponderEliminarMas obrigada pela descrição desse dia.