Recebi agora mesmo a notícia. Com lágrimas, porque foi dos sorrisos mais bonitos que vi. Encontrei-o uma única vez na vida, mas tocou-me.
A Sónia Frade, minha colega da direcção da Aldraba, enviou-me estas palavras:
"É com muita tristeza que vos envio a notícia de que o escritor Orlando da Costa faleceu esta manhã. Tinha 76 anos. Ainda no mês passado em minha casa no final de mais uma reunião do Grupo de Trabalho Adeodato Barreto, a Dina telefonou-lhe a fim de marcarmos um encontro para conversar sobre o Adeodato. O Orlando da Costa foi uma simpatia ao telefone e respondeu que tinha todo o prazer. Ficamos de combinar então uma tarde pelo mês de Janeiro ou Fevereiro, na Casa de Goa (lugar sugerido pelo próprio) para uma pequena tertúlia. Infelizmente esse encontro não se chegou a concretizar. Espero que agora se encontre em paz, esteja onde estiver."
"É com muita tristeza que vos envio a notícia de que o escritor Orlando da Costa faleceu esta manhã. Tinha 76 anos. Ainda no mês passado em minha casa no final de mais uma reunião do Grupo de Trabalho Adeodato Barreto, a Dina telefonou-lhe a fim de marcarmos um encontro para conversar sobre o Adeodato. O Orlando da Costa foi uma simpatia ao telefone e respondeu que tinha todo o prazer. Ficamos de combinar então uma tarde pelo mês de Janeiro ou Fevereiro, na Casa de Goa (lugar sugerido pelo próprio) para uma pequena tertúlia. Infelizmente esse encontro não se chegou a concretizar. Espero que agora se encontre em paz, esteja onde estiver."
Ser humano de excelência, Orlando Costa não teve tempo de voltar a ver-nos.
Naquele dia dei-lhe poemas e ele sorriu, dizendo que o meu nome lhe era familiar. O sorriso iluminou-se ainda mais, quando acrescentei: "É provável. Sou seu camarada!"
A vida derrama-se assim na estupidez dos dias. E os sorrisos esvaem-se, sem retorno.
Naquele dia dei-lhe poemas e ele sorriu, dizendo que o meu nome lhe era familiar. O sorriso iluminou-se ainda mais, quando acrescentei: "É provável. Sou seu camarada!"
A vida derrama-se assim na estupidez dos dias. E os sorrisos esvaem-se, sem retorno.
(fotografia de LFM: jardim das Necessidades, perto da Casa de Goa)
De "ÁGUAS DO SUL"
Postado por oasis dossonhos às 16:17 0 comentários
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