Conheci a Cortelha em Janeiro, dias antes de um manto branco cobrir a serra do Caldeirão e desde logo, pelo ar fresco mas sadio dos lugares secretos, resguardados das confusões do mundo dito civilizado, senti que ali seria um lugar bom para sonhar.
Sonhei um encontro, para desvendar a vida de um povo que percorre os dias que passam entre Dezembros e Agostos.
Conheci-os agora. Primeiro eram dois nomes, a partir de uma conversa de um restaurante acolhedor, o "Solar dos Presuntos", onde a Sandra nos serve iguarias com sabores da tradição espalhando os seus quadros pelas paredes do recinto, e a vontade de compartir com mais amigos a beleza de um lugar assim, distante da confusão, protegido por árvores sobreviventes, abraçado por águas cristalinas da serra e ventos embaladores.
Desvendei a sabedoria dos idosos que mostraram como se vive, através de jovens luminosos que dançam o tempo dos avós para lhes darem saúde, alegria, satisfação, sorrisos - o melhor remédio- convivência.
Percebi que gente muito nova recolhe os tesouros que aprende e partilha.
Ficarei eternamente adorador daquele lugar onde vivi um dos dias mais maravilhosos da minha vida, entre pessoas simples, mas imensamente importante porque faz da existência um lugar para o encontro.
Texto: LFM Fotos: Mário Rui Sousa.
COMENTÁRIOS
petratinea disse...
Pois é Amigo Luis, o que custa mesmo é a hora da partida, de facto foram dois dias de muita alegria e de aprendizagem, eu gosto destas descobertas que a Aldraba me dá a conhecer, de facto as gentes de Cortelha e Querença são muito receptivas foi um fim de semana em cheio.Venham mais.MRS
06 Dezembro, 2006 11:22
paula silva disse...
Belas fotos e excelente texto, como sempre uma viagem inesquecível por lugares que marcam...Pena eu não poder ter ido...Talvez um dia desbrave esses lugares, gentes e sabores!Um beijo Luis!
06 Dezembro, 2006 23:53
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