segunda-feira, 3 de outubro de 2005

O III Festival do Chícharo no Mercado de Alvaiázere




A festa tinha exposições, colóquios, uma feira do livro e a degustação do manjar que já foi comida de pobres.Migas de chícharo com jaquinzinhos, por exemplo, que foi o meu almoço e estava divinal. Regado com uma pinga de truz.
A festa tinha gente que vinha de outras bandas, para saborear tudo o que uma festa pode oferecer a quem precisa de respirar momentos alternativos a quotidianos repetitivos.
Mas era no mercado que se encontrava o espanto, a marca genuína.
Dos bens que a vida e a terra dão, se houver muito empenho (frutos secos, résteas de cebolas e alhos, olaria, artesanato de verga, trapologia, pão e bolos tradicionais, além do famoso rei da festa, o chícharo) aos rostos e sabedoria dos protagonistas de um mundo rural em extinção, o visitante podia saborear e absorver, para gáudio dos sentidos um manancial de sensações únicas.
Da festa trouxe esse saber fazer que vai pouco a pouco desaparecendo, num mundo globalizado, invadido pelo pronto a comer e pelo plástico.
Parabéns aos organizadores e à autarquia de Alvaiázere, pela sensibilidade.
(fotografias de LFM)

De “ÁGUAS DO SUL”
Postado por oasis dossonhos às 11:37 0 comentários

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