quinta-feira, 3 de março de 2005

Depois de Montemor


Depois de Montemor, veio Viana do Alentejo. Um grupo já bastante maior do que o inicial. A ideia da ALDRABA vai-se desenvolvendo e cada amigo traz outro amigo também. A consolidação do sonho vai acontecendo nos gestos e nas palavras de cada encontro.

Começámos em Alcáçovas. O Sr. João Chibeles Penetra, artesão de chocalhos, mestre nas palavras, percorreu connosco um museu e uma vida e na sua fala reencontrámos cada momento da formação daquele notável acervo museológico. O tempo escasso de que dispusemos não permitiu prolongar tanto quanto o desejado aquele momento de aprendizagem e convívio. Mas obriga-nos ao retorno.

Dos ex-votos da Senhora d’Aires ficou o interesse por aquela forma de manifestação da fé popular, a densa presença do fantasma da Guerra Colonial e a impressão de que muito há a fazer para melhorar as condições em que se encontram expostos – ali como em muitos outros santuários. Ficaram também alguns ensinamentos sobre a forma de preparar visitas deste tipo: a necessidade de encontrar quem possa tecer algumas considerações sobre o tema em causa, de maneira a evitar a quase inevitável dispersão que surge quando tal não é feito.

O almoço num restaurante junto ao castelo de Viana, carne no alguidar com migas de espargos, permitiu o convívio a que nossa companheira Rosa Dias acrescentou a beleza da sua poesia. Foi ocasião também para discutir a ALDRABA, a proposta de estatutos, as iniciativas futuras.O grupo de companheiros que acalentam este sonho vai-se alargando.

Para este encontro encontrámos o apoio aberto e franco da Câmara Municipal de Viana do Alentejo e do Posto de Turismo onde o Sr. Germano, pessoa conhecedora das coisas da terra, para além de nos oferecer as pastas para a documentação, nos orientou sobre a localização do património com mais interesse em Viana e, ainda mais importante, manifestou o seu interesse na ALBRABA.

JMP

"A ALDRABA"

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