Segundo a Wikipédia, “as trouxas da Malveira são
um tipo de bolo,
de origem conventual, que consistem em tortas ou travesseiros, de pequenas
dimensões, recheadas com um creme de baunilha e frutos secos.
É uma prestigiada e antiga iguaria doce da região de Mafra,
com uma grande aceitação por parte de toda a população, representando assim um
testemunho etnográfico da cultura saloia local”.
“… A confeção destes bolos consiste, inicialmente, na
preparação de uma massa de torta, que se assemelha a um pão de ló,
com ovos, farinha, açúcar e fermento. Posteriormente, corta-se a massa em
pequenos retângulos que se recheiam com um creme abaunilhado, feito a partir de
leite, ovos, baunilha, frutos secos (amêndoas torradas),
entre outros ingredientes”.
“… As trouxas da Malveira derivam de uma receita conventual,
originária do Convento de Odivelas, inicialmente
denominadas de “tortinhas de amêndoa”. Foram levadas até á Malveira pela
D. Emília Sousa Antunes, que trabalhava para as freiras do convento,
juntamente com D. Teresa, amiga de D. Emília e doceira do convento.
D. Emília fundou e estabeleceu, na vila da
Malveira, terra onde nasceu, a Fábrica das Trouxas da Malveira, em
1906”.
“… A denominação destas pequenas tortas recheadas com um
creme abaunilhado, surge da admiração de D. Emília pela sua mãe, que trabalhava
como lavadeira para
as senhoras de Lisboa, pois estes bolos fazem lembrar as trouxas de roupa
levadas na cabeça das lavadeiras”.
Reproduzimos agora um folheto promocional da Fábrica das Trouxas:
“Maria Celeste Esteves França da Costa conta: ‘A minha
tia-avó, Emília Sousa Antunes, fundou a Fábrica das Trouxas da Malveira em
1906. Começou por fazer pastéis de grão, mas porque a sua mãe era lavadeira,
lembrou-se de fazer um doce com a forma de uma trouxa de roupa’”.
“Em 1922, Maria Emília Antunes Lopes Esteves, sobrinha de
Emília Sousa Antunes, é a nova diretora da Fábrica. A marca é registada em
1945. Nessa época, o Carnaval de Torres Vedras trazia verdadeiras multidões à
Fábrica da Malveira. Quatro pasteleiros iniciavam o processo de bater a massa
logo de madrugada, para que pudesse ser retirado do forno um tabuleiro de trouxas
de três em três minutos”.
JAF
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