Está a decorrer, nos presentes meses de agosto e setembro, a tradicional Feira de São Mateus em Viseu.
Segundo a Wikipédia, o rei D. João I, acompanhado pela Rainha e pela sua Corte, terá saído de Évora em 16 de junho de 1391, permanecendo em Viseu por cerca de ano e meio. Viseu foi uma das cidades mais fustigadas durante a guerra entre Portugal e Castela e, durante a estadia da Corte em Viseu, ocorreram dois factos importantes: o nascimento de D. Duarte, futuro sucessor do trono, e a reunião de Cortes de âmbito regional. Em homenagem a esses acontecimentos, a 10 de janeiro de 1392, D. João I terá instituído a Feira Franca de Viseu, atual Feira de São Mateus.
A importância da feira, já nessa altura, era de tal vulto que se deslocavam para a visitar pessoas de remotas partes, e mouros vindos do reino de Granada.
No século XIX, a feira passou por um período de declínio, vindo no entanto a ressurgir na década de 20 do século XX, e permanecendo ininterrupta até aos dias de hoje.
Presentemente, a Feira de São Mateus é ponto obrigatório nas festividades em Portugal, ocupando uma área de 18000 m², com a presença de centenas de expositores e feirantes representando todos os setores de atividade, e tendo já adquirido o estatuto da mais antiga de toda a Península Ibérica.
Com a sua provecta idade de 621 anos, a Feira de São Mateus e a dinâmica popular regional que lhe está associada fazem-nos lembrar a fragilidade e a precariedade de experiências culturais como a dos Estados Unidos da América, cuja existência como nação independente é pouco superior a um terço do tempo de vida da nossa feira mais antiga…
JAF
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