segunda-feira, 13 de agosto de 2012

A Aldraba para Jorge Rua Carvalho



















Faz um mês que um grande senhor nos deixou. Associado fundador da ALDRABA, dedicou a este grupo um dos mais belos poemas de sabor popular que nos têm sido dirigidos, dos vários que de norte a sul foram sendo compostos. Aqui fica o poema, já publicado no nº 1 da nossa revista periódica.



ALDRABA


A “Aldraba” é uma tranqueta
Com que se fechavam as portas,
é de ferro, é vedeta.


É uma peça metálica
Que serve para nas portas bater.
Produz dores na encefálica
Mas também dá prazer.


"Aldraba” não é de aldrabão.
Aldrabar é mentir, intrujar.
Aldrabão é impostor, trapalhão.
“Aldraba” é digna de respeitar.


Aldrabar é dizer mal, enganar.
Aldrabada são mentiras, aldrabices.
Aldrabação é efeito de aldrabar.
Aldrabão, indivíduo que diz tolices.


Mas “Aldraba”, muita atenção!
É objecto distinto, com finalidade,
Onde a mão pousa com Distinção,
Amor, Deferência e Saudade.


Jorge Rua de Carvalho
Lisboa, Janeiro de 2006

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