Mértola continua a surpreender-nos com achados arqueológicos relevantes, que nos permitem aprofundar o conhecimento que temos sobre o passado.
Recentemente, no subsolo da artéria onde o comércio local está mais concentrado, descobriu-se um conjunto de construções com alguma monumentalidade, ligadas aos rituais funerários dos comerciantes dos primeiros séculos da era cristã, com epigrafia contendo inscrições em grego, com similitudes apenas no Mediterrâneo oriental.
Transcreve-se do site do CAM a notícia:
Recentemente, no subsolo da artéria onde o comércio local está mais concentrado, descobriu-se um conjunto de construções com alguma monumentalidade, ligadas aos rituais funerários dos comerciantes dos primeiros séculos da era cristã, com epigrafia contendo inscrições em grego, com similitudes apenas no Mediterrâneo oriental.
Transcreve-se do site do CAM a notícia:
"Foi descoberto, em Mértola, um mausoléu do século VI d.C. "único no Ocidente", que terá servido para sepultar "pessoas importantes" de origem grega. Esta descoberta arqueológica testemunha a presença de orientais em Mértola antes da islamização. Foi encontrado durante as obras de remodelação do Eixo Comercial de Mértola, na Rua Afonso Costa, junto à GNR.
Trata-se de "um mausoléu fantástico, absolutamente fora de série" e "o único edifício mortuário do género achado em todo o Ocidente do Mediterrâneo, onde, até agora, não há nenhum parecido", afirma Cláudio Torres."Só há edifícios paralelos no Oriente do Mediterrâneo, para os lados da Líbia, Jordânia e Síria". Datado do século VI d.C. "serviu para sepultar pessoas importantes de origem grega", segundo as informações inscritas nas lápides descobertas, "eram certamente comerciantes gregos ricos e oriundos da actual Líbia", segundo Cláudio Torres. Actualmente, uma equipa do CAM (Campo Arqueológico de Mértola) e da CMM (Câmara Municipal de Mértola) está a escavar a parte subterrânea (cripta) do mausoléu, situada a dois metros de profundidade e que terá várias sepulturas, duas das quais já foram encontradas, mas não escavadas. A parte de cima do edifício, que "já desapareceu era monumental e de um certo luxo", conforme sugerem os vestígios encontrados, como restos de mármores, impostas e pilastras. Salientando tratar-se de um achado "com demasiada importância histórica, científica e cultural", Cláudio Torres defende a musealização do mausoléu, apesar de reconhecer "algumas dificuldades", já que o monumento está "numa das principais ruas de Mértola"."
Mértola é um farol de saberes. A ruralidade dos montes quase isolados e a urbanidade das ruas antigas da vila complementam-se.
O Campo Arqueológico é o grande pólo de conhecimento que extravasa o Alentejo. A equipa de investigação, coordenada pelo professor Cláudio Torres, que completou há dias 70 luminosas primaveras, bem acompanhado por Santiago Macias e Susana Gómez Martínez, entre outros, tem dado à luz uma História ímpar, que dormia sob pedras, casas, no terreno mais grávido de estrelas e sedução que a caminhada dos humanos pode conter.
Parabéns a todos, pelo vosso trabalho em prol do património!
Luís Filipe Maçarico (texto) Rosário Fernandes e CAM (Fotos)
Mértola é um farol de saberes. A ruralidade dos montes quase isolados e a urbanidade das ruas antigas da vila complementam-se.
O Campo Arqueológico é o grande pólo de conhecimento que extravasa o Alentejo. A equipa de investigação, coordenada pelo professor Cláudio Torres, que completou há dias 70 luminosas primaveras, bem acompanhado por Santiago Macias e Susana Gómez Martínez, entre outros, tem dado à luz uma História ímpar, que dormia sob pedras, casas, no terreno mais grávido de estrelas e sedução que a caminhada dos humanos pode conter.
Parabéns a todos, pelo vosso trabalho em prol do património!
Luís Filipe Maçarico (texto) Rosário Fernandes e CAM (Fotos)
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