segunda-feira, 22 de agosto de 2016

“Tradição e sabedoria” : Em lua-de-mel











Significado: Período de tempo de relações entre duas pessoas ou instituições que decorre de modo feliz.

Origem: Terá surgido nos países nórdicos. Durante os primeiros trinta dias (uma lua), os noivos apenas bebiam hidromel, bebida doce que se obtém pela fermentação do mel adicionado de água, considerada com propriedades afrodisíacas.

Cafés Chave d’Ouro

sábado, 20 de agosto de 2016

Regulamento para o centro histórico de Lisboa?


Excertos de um artigo muito oportuno de Fernando Silva Grade, publicado no "Público" de 15.8.2016:

(...) A arquitectura foi, desde sempre, um dos principais baluartes da identidade colectiva em todas as partes do mundo. Reflectindo as circunstâncias ecológicas, geológicas, sociais e artísticas do local a arquitectura contribui decisivamente para a construção do espírito do lugar – a essência emocional e espiritual do sítio.

O espírito do lugar é uma componente de genuinidade e autenticidade de grande intensidade, mas também de grande fragilidade, estilhaçando-se ao menor sopro de erros e falsificações. Ora, o que se passa é que esse elan corre perigo na cidade de Lisboa, na medida da descaracterização e desvirtuamento dos edifícios, principais elementos que estruturam o centro histórico da cidade.

Parece que, hoje em dia, os cidadãos têm os sentidos embotados. Ou então desabituaram-se de observar e de contemplar o espaço que os rodeia, aprisionados a um ritmo de vida frenético em que a única disponibilidade se canaliza para um ecrã. Se olhassem em volta, com olhos de ver, verificariam o estado desastroso em que as fachadas das casas antigas se encontram, as degradadas e as reabilitadas. Quer umas quer outras estão muito diferentes daquilo que eram originariamente.

(...) as fachadas também têm sido alvo de um total desvirtuamento, salvando-se aquelas que estão cobertas de azulejos. A utilização, quase sem excepção, de tintas industriais plásticas tem consequências estéticas lastimáveis (para além da sua incompatibilidade física e funcional com a alvenaria estrutural). As cores das ditas tintas ora apresentam uma expressão inerte e baça nas tonalidades cinzentas e castanhas, ora se tornam rutilantes e pirosas nas cores amarela, vermelho e azul. Lembro que as cores originárias eram obtidas por pigmentos naturais integrados na alvenaria de cal e areia (barramentos e escaiolas), sendo utilizadas principalmente as suaves mas luminosas tonalidades ocre, rosa, siena e verde-terra, para lá do branco e cinzento (em Sintra ainda se podem observar estas cores).

A regra fundamental na reabilitação de edifícios históricos é a utilização dos materiais apropriados e compatíveis. As reabilitações que estão a ocorrer em Lisboa são concretizadas, em mais de 90% dos casos, de forma totalmente incorrecta, desvirtuando os edifícios históricos e criando, em seu lugar, ridículos pastiches, falsificações intoleráveis no contexto de um centro histórico de um valor excepcional.

Não quero deixar ainda de referir uma alteração que já se manifesta há muitos anos, e que tem penalizado bastante a imagem geral do casario, principalmente quando observada de cima, o que em Lisboa é uma constante devido às colinas: a progressiva substituição da originária telha de canudo pela industrial e inestética telha lusa (em muitos centros históricos do país o regulamento não permite o uso desta telha). A visão geral da cidade perdeu unidade e espectacularidade devido a este facto. Aliás, relativamente a esta questão, podemos referir a cidade do Porto que mantém essa unidade e harmonia extraordinária devido à manutenção da mesma telha que é neste caso a telha marselhesa.

Resta pois perguntar se existe um regulamento para o centro histórico de Lisboa. Se existe, ou é totalmente omisso relativamente a regras básicas de intervenção em edifícios históricos, ou então assistimos à transgressão da lei, uma realidade bem comum na construção civil em Portugal.

A manutenção da autenticidade arquitectónica num centro histórico é um factor básico e estrutural para que a expressão da beleza, harmonia e identidade se afirme em todo o seu esplendor e, deste modo, constituir uma atracção irresistível para todos os que a habitam e visitam.

Fernando Silva Grade


sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Imagens da 6ª Rota da Aldraba (Por Alfama)





Só agora se reproduzem imagens, recolhidas pelo António Brito (por esse motivo, não figura nelas...), de um pouco do que foi a atividade da ALDRABA realizada em 23 de julho último, desde o miradouro de Santa Luzia até ao Largo do Chafariz de Dentro, em Alfama.

Fomos calorosamente recebidos na Associação do Património e População de Alfama, pela sua Presidente, a amiga Lurdes Pinheiro, e pelo também membro da Direção, o jovem historiador Daniel Nunes, que nos guiou durante a manhã através das ruas, ruelas, largos e escadinhas do bairro.

Graças ao conhecimento e afeto do Daniel, e ao interesse dos participantes, pudemos contactar com as memórias dos tempos romanos, visigóticos, árabes e cristãos de Alfama, numa interação muito rica do presente com o passado.

Muito obrigado à APPA, a quem manifestamos o desejo de futuras atividades conjuntas.

JAF 

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Estimulante visita ao Museu do Aljube






































































































































No sábado, 30 de julho de 2016, 15 participantes da Aldraba tiveram o privilégio de visitar o Museu do Aljube, acompanhados pelos conhecimentos e pelo empenho profissional da Drª Judite Álvares, responsável pelo serviço educativo do Museu.

Foi uma excelente oportunidade de contacto com o acervo de memórias, materializadas em documentos e objetos, da resistência heróica do nosso povo aos 48 anos de ditadura fascista.

O "Estado Novo" e os "brandos costumes" com que, por vezes, se quer fazer passar aquele período, foram outrossim uma época de grande sofrimento do nosso povo, em que milhares de personagens anónimos resistiram com enorme coragem, ousadia e criatividade.

É essa gesta de luta e resistência que o Museu do Aljube evoca, de forma bem conseguida, que pode e deve ser melhorada - com os contributos que, tais como os nossos, vão sendo transmitidos pelos visitantes.

Visitem o Museu os que ainda que o não conhecem, e voltem lá e aprofundem o conhecimento os que já conseguiram visitá-lo!

JAF (fotos LFM)