domingo, 29 de janeiro de 2006

Assembleia Geral da Aldraba









Decorreu na tarde de ontem, sábado 28 de Janeiro, a terceira Assembleia Geral da Aldraba. Esta sessão destinava-se a discutir e votar o relatório e contas.
Não só foi aprovado por unanimidade pelas duas dezenas de associados presentes no magnífico salão do Ateneu Comercial de Lisboa que nos acolheu, como motivou por parte do associado João Coelho (ex-presidente da direcção da Casa de Pedrógão Grande, ex-membro da direcção da Federação Portuguesa das Colectividades de Cultura e Recreio e actual vereador da oposição no Executivo da sua terra natal) um voto de reconhecimento à actividade da direcção no primeiro ano da associação.
(fotografias de LFM)
De "ÁGUAS DO SUL"
Postado por oasis dossonhos às 00:08 0 comentários

sexta-feira, 27 de janeiro de 2006

Orlando Costa


Recebi agora mesmo a notícia. Com lágrimas, porque foi dos sorrisos mais bonitos que vi. Encontrei-o uma única vez na vida, mas tocou-me.

A Sónia Frade, minha colega da direcção da Aldraba, enviou-me estas palavras:
"É com muita tristeza que vos envio a notícia de que o escritor Orlando da Costa faleceu esta manhã. Tinha 76 anos. Ainda no mês passado em minha casa no final de mais uma reunião do Grupo de Trabalho Adeodato Barreto, a Dina telefonou-lhe a fim de marcarmos um encontro para conversar sobre o Adeodato. O Orlando da Costa foi uma simpatia ao telefone e respondeu que tinha todo o prazer. Ficamos de combinar então uma tarde pelo mês de Janeiro ou Fevereiro, na Casa de Goa (lugar sugerido pelo próprio) para uma pequena tertúlia. Infelizmente esse encontro não se chegou a concretizar. Espero que agora se encontre em paz, esteja onde estiver."

Ser humano de excelência, Orlando Costa não teve tempo de voltar a ver-nos.
Naquele dia dei-lhe poemas e ele sorriu, dizendo que o meu nome lhe era familiar. O sorriso iluminou-se ainda mais, quando acrescentei: "É provável. Sou seu camarada!"
A vida derrama-se assim na estupidez dos dias. E os sorrisos esvaem-se, sem retorno.

(fotografia de LFM: jardim das Necessidades, perto da Casa de Goa)

De "ÁGUAS DO SUL"
Postado por oasis dossonhos às 16:17 0 comentários

domingo, 22 de janeiro de 2006

No Forte de Peniche, com António Dias Lourenço - Segunda Parte







O espaço do forte de Peniche, percorrido pelos visitantes, conduzidos por um militante comunista nonagenário, preso e torturado várias vezes, ao longo do regime fascista, foi idealizado como estalagem, por anteriores autarcas. O actual presidente, presente no encontro de ontem referiu-se a esse compromisso. A verdade é que o espaço precisa de uma regeneração e o museu de uma intervenção multimédia que acompanhe a visão museológica dos tempos modernos. O que nos é dado ver é uma arrecadação de materiais ainda que importantes, no sítio certo, mas sem o adequado tratamento para partilhar com as novas gerações uma parte da história do nosso país que não pode ser ignorada.
(fotografias de LFM)

De “’AGUAS DO SUL”
Postado por oasis dossonhos às 19:23 2 comentários

COMENTÁRIOS
dreamteam disse...
Pois é! É uma pena! Já fiz várias visitas ao forte. Sempre que possível levo lá amigos e saio sempre com essa mesma sensação de algum abandono e pouco cuidado no tratamento e abordagem daquela nossa história comum, ... como se fosse mais fácil esquecer. Adorava fazer uma visita acompanhada por alguém que contasse e desse algum sentimento aqueles documentos e voz às paredes brancas.
23 Janeiro, 2006 16:43
Mané disse...
Gostava de ter estado, talvez as paredes deitassem ruídos de inspiração e coragem, para dias de tristeza, cansaço e monotonia, relativos a uma sociedade cada vez mais estranha.Abraços...
24 Janeiro, 2006 17:20

No Forte de Peniche, com António Dias Lourenço - Primeira Parte










António Dias Lourenço, é o mais velho preso político vivo. Foi ele que ontem de manhã, guiou uma visita muito especial ao Forte de Peniche, na qual me integrei, participando com vários colegas da direcção e amigos associados da Aldraba, numa iniciativa organizada pelo Albano e pela Bárbara, coordenadores de um outro grupo que existe desde Maio de 1982 - o Atrium.
Informaram-me previamente que os associados desta associação, coordenada trimestralmente por dois dos seus membros, são, felizmente, adeptos de uma diversidade de opções. A minha amiga Clarinha de Alpedrinha, costumava dizer-me que um jardim só com flores da mesma cor e do mesmo género é uma monotonia.
Mas foi com imensa atenção e emoção que todos, novos e velhos, seguiram as descrições e o testemunho impressionante do antigo director do "Avante".
(Fotografias de LFM)

De “ÁGUAS DO SUL”
Postado por oasis dossonhos às 18:34 4 comentários

COMENTÁRIOS
Sonia F. disse...
Tenho imensa pena de não ter ido. Tens fotografias do forte muito interessantes.
23 Janeiro, 2006 10:40
Anónimo disse...
Muito obrigada pelas tuas fotografias e comentários.ME
23 Janeiro, 2006 13:12
Anónimo disse...
Já lá estive várias vezes no forte de Peniche, mas nunca com tão ilustre Homem de grande sabedoria e humanista como é o Dias Lourenço, acredito que foi um tempo muito bem passado, abraço a todos os participantes.Mário Sousa(sócio da Aldraba)
24 Janeiro, 2006 11:52
Marina disse...
À procura de qualquer coisa, de que já nem me lembro, e eis que deparo com este blog "Águas do Sul" bonito nome, e não é que até fala do Atrium, da visita a Peniche, pois é, eu também lá estive e até fiz um filme que dizem os amigos ficou muito bom. Quando estiver OK alguns dos amigos que estiveram em Peniche irão vê-lo e, quem sabe, tb o/a oásis dos sonhos.
24 Fevereiro, 2006 00:48

terça-feira, 3 de janeiro de 2006

Lisboa e a sua Baixa





















Esquina da Praça da Figueira com a Rua do Amparo






















Rua da Assunção - recanto dos antigos Armazéns Grandela





















Rua Augusta com a Rua da Assunção






















Rua da Prata com a Rua de S. Nicolau






















Rua dos Fanqueiros com a Rua de S.Nicolau
Os edifícios da chamada Baixa Pombalina, concebidos para resistir a sismos segundo os então modernos padrões de engenharia civil, seriam tudo menos bonitos. De carácter robusto, linhas direitas, austeros, não fossem novos donos que, com o tempo, lhes acrescentaram alguns adornos que os destacassem dos demais e hoje pouco se lamentaria o seu gradual desaparecimento.

Comércios diversos os adquiriram para expandir o seu ramo de actividade. E para que cada um se distinguisse dos seus congéneres, ornamentos vários, simples cantarias esculpidas ou flamejantes florões ou graciosas grinaldas ao gosto romântico, acrescentaram o requinte que faltava às sólidas mas macambúzias contruções, sem lhes comprometerem as linhas mestras. Muitas dessas instituições desapareceram na volutas de uma economia cada vez mais obediente a mandos multinacionais, mas, apesar de várias delapidações, hoje ainda se podem apreciar curiosidades como estas.

De "VEMOS, OUVIMOS E LEMOS"
publicado por Guida Alves às 10:36 PM 6 opiniões

COMENTÁRIOS
IO disse...
Líndíssimas, todas estas fotografias, tb chamadas de atenção!, obrigada e um beijo de Bom Ano, Guida - IO.
Qua Jan 04, 10:06:00 AM
PiresF disse...
Mais uma vez, um post de excelentes observações, que tantas vezes nos passam despercebidas.As fotos do Alentejo no post anterior são fantásticas. São suas?
Qua Jan 04, 12:53:00 PM
Guida Alves disse...
Pois, caro "Espreitador", as fotos de postagens deste tipo são mesmo minhas, apesar de não identificadas como tal...:)Obrigada pelos comentários, o seu e o da IO. Abraços.
Qua Jan 04, 01:03:00 PM
Zecatelhado disse...
Efectivamente...antes que se "evaporem" de vez. Um @bração doZecatelhado
Qua Jan 04, 01:32:00 PM
AnaCristina disse...
Pormenores que nos escapam quando circulamos... Pena é que os edificios actuais sejam meros prismas...Um abraço
Qua Jan 04, 02:38:00 PM
http://www.blogger.com/profile/04815594648072279979 disse...
Lindo post!
Qui Jan 05, 08:14:00 AM